Petrobras retoma perfuração de poços na Bahia e anuncia reativação de fábricas de fertilizantes

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Após seis anos, estatal volta a investir na produção onshore e no setor de nitrogenados, com foco em expansão e transição energética.

A Petrobras anunciou a retomada da perfuração de poços de petróleo na Bahia, após seis anos de paralisação. O trabalho recomeçou no campo de Taquipe, em São Sebastião do Passé, a cerca de 80 km de Salvador. O plano estratégico da empresa prevê a perfuração de cerca de 100 novos poços no estado ao longo dos próximos cinco anos.

As atividades se concentram nos municípios de Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Cardeal da Silva, Araçás, Catu, Candeias e São Sebastião do Passé. Até o momento, três sondas de perfuração já foram contratadas, incluindo a que opera atualmente em Taquipe. Com os novos contratos, o número de sondas terrestres na Bahia passará de 13 para 23, acompanhadas de dez novos equipamentos de produção onshore.

Atualmente, a Petrobras mantém cerca de 2 mil poços terrestres na Bahia e emprega cerca de 4,3 mil profissionais no estado. A produção local gira em torno de 17 mil barris de óleo equivalente por dia. Além disso, a empresa opera a plataforma de gás natural de Manati, localizada na Bacia de Camamu, em Valença. Em 2024, a produção baiana rendeu aproximadamente R$ 257 milhões em tributos e participações governamentais.

Fábricas de fertilizantes serão reativadas na Bahia e em Sergipe

Outra frente de retomada envolve o setor de fertilizantes. A Petrobras fechou acordo com a Proquigel, subsidiária da Unigel, para reassumir as plantas industriais localizadas na Bahia e em Sergipe. O entendimento põe fim a uma longa disputa contratual entre as empresas.

O acordo definitivo deve ser assinado até o fim deste mês, com posterior homologação pelo Tribunal Arbitral. A estatal deverá realizar licitação para contratar serviços de operação e manutenção, seguindo suas normas de governança e compliance.

A reativação das unidades de fertilizantes integra o plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029. O objetivo é agregar valor à cadeia do petróleo e gás, com a produção de nitrogenados alinhada à transição energética.