Impacto de R$ 4,46 a cada 100 kWh mantém pressão inédita sobre o bolso do consumidor.
A Aneel confirmou que, em julho de 2025, a conta de luz seguirá com a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh. Essa decisão reflete a redução acentuada das chuvas, que afeta a capacidade de geração das hidrelétricas. Consequentemente, torna-se necessário acionar termelétricas, elevando os custos de energia. Por isso, a agência ressalta a importância do consumo consciente. Nesse cenário, consumidores residenciais e empresariais enfrentam pressão inflacionária adicional.
Situação atual e motivos técnicos
- A Aneel, por meio de nota oficial, justificou que o cenário hidrológico permanece desfavorável em quase todas as regiões do Brasil, com níveis de afluência abaixo da média, o que reduz a geração hidrelétrica.
- Como alternativa, recorrem-se às usinas termelétricas, de operação mais cara, resultando no acionamento da bandeira vermelha no patamar 1.
Valor do acréscimo e efeito prático
- O adicional aplicado será de R$ 4,46 a cada 100 kWh, o mesmo valor cobrado em junho .
- Para uma residência com consumo médio (250 kWh/mês), isso significa um acréscimo de aproximadamente R$ 11,15, sem contar os tributos.
- Micro e pequenas empresas, que dependem de maior uso de energia, sentem ainda mais o peso do custo extra .
Contexto histórico e tendências
- De dezembro de 2024 a maio, vigorou a bandeira verde, sem adicionais, devido à boa recarga dos reservatórios.
- Em maio, a bandeira mudou para amarela, e em junho já foi aplicada a vermelha 1, refletindo o agravamento da crise hídrica.
- Especialistas debateram a possibilidade de escalonamento para a bandeira vermelha patamar 2, mas as chuvas, especialmente no Sul, evitaram esse patamar mais crítico.
Impactos econômicos e recomendações
- Especialistas alertam que a cobrança extra pressiona os custos de produção, afetando diretamente as margens de empresas e complicando a inflação; destacam a importância da redução voluntária no consumo, a fim de preservar recursos e aliviar o bolso do consumidor .
- A pressão sobre o preço da energia elétrica deverá persistir, indicando necessidade de políticas estruturais, como avanço do mercado livre de energia e maior diversificação das matrizes energéticas.
Por que isso importa
A manutenção da bandeira vermelha atinge diretamente o orçamento das famílias e pequenos negócios. Além disso, influencia índices inflacionários e pode debilitar a competitividade de setores intensivos em energia, elevando a urgência por investimentos em fontes renováveis e planejamento hídrico.
