
A Assembleia Geral da ONU discute, nesta segunda-feira, o impacto da violência gerada pela circulação de armas de pequeno porte. O evento visa reforçar o controle sobre esses artefatos letais, que têm causado alarmantes taxas de homicídios em várias regiões do mundo.
A violência gerada pelas armas de pequeno porte será discutida nesta segunda-feira em uma reunião da Assembleia Geral da ONU. O evento, organizado em conjunto pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) e pelo Escritório da ONU para Assuntos de Desarmamento, visa fortalecer o controle global sobre essas armas, cujas consequências têm sido devastadoras.
Com cerca de um bilhão de armas de fogo de pequeno calibre em circulação mundial, 85% delas estão nas mãos de civis. Esses artefatos são responsáveis por quase metade das 580 mil mortes violentas registradas em 2021, sendo que, entre as vítimas, 91% são homens e 8% mulheres. A crescente transição de armamento lícito para o mercado ilícito tem gerado uma escalada de criminalidade, terrorismo e instabilidade, especialmente em regiões frágeis.
Com 85% das armas de fogo nas mãos de civis, o tema ganha relevância diante dos dados de 580 mil mortes violentas em 2021, sendo quase metade causadas por armas de pequeno porte. A reunião busca também enfrentar o desvio desses armamentos para mercados ilícitos, que alimentam o crime e a instabilidade global.
Jovens e mulheres são as principais vítimas dessa violência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, cerca de 176 mil jovens de 15 a 29 anos sejam assassinados, com as armas de pequeno porte sendo responsáveis por uma grande parte desses homicídios. Além disso, essas armas também têm sido usadas em contextos de abuso doméstico, como violência sexual e de gênero, afetando cada vez mais mulheres globalmente.
Outro fator preocupante é a utilização de tecnologias avançadas, como a impressão 3D, para fabricar armas de pequeno porte. Isso facilita a disseminação e o acesso a esses artefatos letais, tornando ainda mais difícil o controle sobre seu uso. A ONU tem alertado sobre os riscos dessa proliferação, especialmente para trabalhadores humanitários e operações de paz, que se tornam alvos fáceis de ataques armados.
A Agenda 2030 da ONU propõe ações concretas para reduzir o fluxo ilícito de armas e, com isso, apoiar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 5, que visa a igualdade de gênero. Essa ação busca não apenas combater a violência armada, mas também promover uma sociedade mais segura e justa para todos.
com informações da ONU News