Quem sofre um acidente vascular cerebral (AVC) precisa de atendimento rápido e eficaz, para ter chance maior de sobreviver e de ter pouca ou nenhuma sequela.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o problema é a segunda principal causa de morte no País e a primeira em incapacidade no mundo. A cada cinco minutos, um brasileiro morre em decorrência dele, contabilizando mais de 100 mil óbitos por ano.
Se a pessoa acometida por um AVC não for assistida em até seis horas, a probabilidade de ela perder os movimentos de um dos lados do corpo, de ter dificuldades na fala, ficar acamado ou dependente do auxílio de um cuidador para realizar atividades básicas do dia a dia, como tomar banho, se vestir e andar, é superior em relação àquelas que são adequadamente tratadas.
“De uma maneira geral, para cada 100 pacientes tratados dentro das primeiras três horas, 32 terão uma melhora clínica significativa e apenas três vão apresentar uma piora do quadro. Outra parte adquire alguma sequela ou vai a óbito, devido à gravidade do problema”, afirma o neurologista Daniel Escobar, do Hospital Metropolitano.
Segundo Daniel Escobar, o quadro de evolução da doença pode ser revertido se o atendimento ocorrer dentro das seis horas, a contar do início dos sintomas. Por isso, a identificação rápida é essencial.
“Trata-se de uma doença aguda. A pessoa está bem, e de maneira súbita fica com o problema. A partir daí começa a contagem dos segundos para o socorro médico”, explica. Os sinais mais comuns de um AVC, segundo o médico, são fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, boca torta e alterações na fala, mas também podem incluir dor de cabeça extremamente forte, perda súbita de visão e tontura.