Reforma da Previdência: você vai precisar trabalhar mais tempo para se aposentar?

Confira sete dicas para se organizar e se aposentar bem

O Brasil vive momentos de expectativa em torno da aprovação da nova Reforma da Previdência. Uma mudança importante que tem por objetivo melhorar o controle de gastos do governo. Essa é uma boa oportunidade também para você ajustar as suas contas, começar a planejar o seu futuro e buscar maneiras de viabilizar uma aposentadoria mais tranquila.

O primeiro passo é ficar atento às principais mudanças propostas. Entre elas, o pedágio de 100% para as aposentadorias atuais, no qual o trabalhador da iniciativa pública e privada, que estiver a três anos de aposentar-se pelas regras atuais, terá de trabalhar seis anos, desde que tenha pelo menos 60 anos (homens) e 57 anos (mulheres) e 35 anos de contribuição (homem) e 30 anos (mulher). Ou seja, quem for impactado por essa regra de transição terá de trabalhar mais, e isso exigirá organização e planejamento financeiro.

Para Sabrina Mendonça, master coach e trainer da SBCoaching, especialista em lucratividade, finanças e produtividade, o contribuinte precisa entender primeiramente que: planejamento financeiro começa pela capacidade de entender um determinado cenário e, a partir dele, montar um plano de ação que seja objetivo e factível de ser executado. “O maior desafio não é o pedágio em si, mas sim a nossa incapacidade de montar um plano financeiro que dependa apenas do nosso esforço”, explica a Master Coach.

Como se preparar, então, para as mudanças que estão por vir?

Faça um orçamento real de quanto você vai precisar, por mês, na sua vida de aposentado. Muitas pessoas calculam seu custo de vida pelo dia de hoje, esquecendo que, em 5 ou 10 anos, o cenário muda. Filhos se formam, imóveis são quitados e a preocupação precisa ser real. Então, a pergunta é: qual será o seu custo quando se aposentar?

Com o número real traçado do quanto você necessita para ter uma vida digna na aposentadoria, busque uma calculadora e veja qual exatamente é o valor que você precisa investir para a geração dessa renda. É essencial fazer essa análise, uma vez que contamos com o fator tempo e os juros compostos (aquele nos quais os juros do mês são incorporados ao capital) a nosso favor. Muitos, na ansiedade de saber quanto precisam guardar por mês, esquecem da mágica dos juros compostos e do tempo, fazendo com que a pessoa ache que é um objetivo impossível de ser realizado.

Organize seu orçamento atual: Como estão suas contas hoje? Qual o seu gasto mensal? Tem dívidas? Se sim, qual o valor total delas? Monte um plano de ação factível para quitação.

Especifique seu objetivo tendo a clareza do valor a ser investido mensalmente para chegar à sua aposentadoria. Veja se está mensurável, atingível, relevante e temporal. Um objetivo claro é o primeiro caminho para direcionar novas e importantes ações, caso contrário, dificilmente você entrará em ação e alcançará êxito.

Analise oportunidades de novas fontes de renda. Além do seu salário atual, pense: o que mais posso fazer para conseguir um dinheiro extra e, assim, potencializar meus investimentos?

Contrate uma previdência privada: essa é a primeira reforma da previdência, mas não quer dizer que não existirão outras. Pare de ser pego de surpresa!

Estude mais sobre educação financeira: hoje, há excelentes canais no YouTube sobre o assunto, por exemplo. Após a educação financeira, aprenda a inteligência financeira, com isso você poderá estruturar um planejamento financeiro e, aí sim, investir racionalmente sem depender do governo.

“Assuma o controle da sua vida, das suas finanças, da sua aposentadoria e comece já!”, aconselha a master coach.