As passagens de ônibus na Grande Vitória pulam de R$ 3,20 para R$ 3,40 no domingo (14). O aumento acontece depois de uma greve dos rodoviários que durou 16 dias. A tarifa com desconto no domingo passará de R$ 2,80 para R$ 2,95 e o Bike GV passará de R$ 1,60 para R$ 1,70. As linhas dos ônibus seletivos de Vila Velha, Cariacica e Viana, que custam R$ 5,40, passam para R$ 5,70. As linhas da Serra, que custam R$ 5,90, passam para R$ 6,25. As linhas de Jacaraípe e Praia Grande passam de R$ 6,25 para R$ 6,60.
O reajuste foi aprovado nesta sexta (12) pelo Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN), que decide sobre os preços das passagens de ônibus.
Percentualmente o aumento é de 6,25%, maior que a inflação do período (2,95%). O percentual de aumento dado às passagens também é o dobro da que foi concedida no reajuste dos motoristas (3%).
De acordo com o secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), Paulo Ruy Carnelli, “O contrato de concessão assinado em 2014 prevê através de uma fórmula que tem os índices relacionados com a mão de obra, combustível, com o custo dos veículos e o IGP”, disse. “Nesse conjunto de índices, a gente apura a cada janeiro o reajuste. Nesse caso, o reajuste indicou esse índice porque o combustível, principalmente, e a mão de obra tiveram participação”, complementou Paulo Ruy Carnelli.
“Além disso, há uma quantidade grande de estudantes que pagam meia passagem, outros que não pagam passagem, idosos que não pagam passagem, portadores de deficiência que têm o serviço específico sem pagamento. Então a gente entende, que nesse conjunto de coisas, estamos fazendo o equilíbrio da boa oferta do serviço”, concluiu o secretário.
Cálculo
No contrato está definido que os reajustes da tarifa são anuais e obedecem a uma fórmula de cálculo que leva em consideração custos como mão de obra, combustível e veículos. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 3% para salários; 14,91% para o diesel; e 6,61% para veículos. A fórmula é constituída de um conjunto de índices de variações de preços dos principais insumos utilizados na produção e prestação dos serviços do Transcol:
20% da variação do preço do litro de óleo diesel;
54% da variação dos salários de motoristas e cobradores;
16% da variação do preço dos ônibus demonstrado nos índices calculados e publicados pela Fundação Getúlio Vargas;
10% da variação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) calculado e publicado pela Fundação Getúlio Vargas.
A soma das variações desse conjunto de índices de preços, ponderado pelo peso de cada tipo de insumo, resulta no índice de variação do valor da tarifa que será parcialmente paga pelos usuários e parcialmente paga por meio de subsídios do Governo do Estado.
Subsídio
O Governo do Estado informou que vai manter o repasse do subsídio para o sistema. São cerca de R$ 110 milhões este ano. O Sistema Transcol opera atualmente com 1,4 mil veículos na frota, aproximadamente 12 mil viagens e 650 mil passageiros por dia.