ONU reúne 500 ONGs para debater vida urbana e desafios globais

Cerca de dois mil representantes de 500 ONGs de mais de 100 países participam na 68ª Conferência da Sociedade Civil das Nações Unidas em Salt Lake City, no estado norte-americano de Utah. Até esta quarta (28), o evento debate soluções para os desafios da vida urbana e do mundo atual em sessões com a presença de funcionários da ONU, incluindo a presidente da Assembleia Geral, María Fernanda Espinosa.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou que quando bem planejadas e gerenciadas “as cidades podem levar a um crescimento inclusivo e servir como modelos de harmonia entre as pessoas”.

O chefe da ONU afirmou que os centros urbanos estão em boa posição para ajudar a combater a emergência climática global e a definir um caminho para um desenvolvimento sustentável e com baixas emissões de carbono.

Guterres disse que num momento em que o espaço cívico reduz e a intolerância aumenta em todo o mundo, a sociedade civil desempenha um papel vital na solução de todos os desafios globais.

Para a subsecretária-geral para a Comunicação Global da ONU, Alison Smale, o evento serve para que aprendam uns com os outros, haja partilha de ideias e seja reforçada uma aliança global que torne cidades e comunidades mais inclusivas e sustentáveis.

Em nome do departamento que coorganiza o evento, Smale também destacou que é importante tornar as cidades resilientes e seguras e para se alcançar a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

A presidente da conferência de 2019 é a secretária-geral da Parceria para o Transporte Sustentável e de Baixo Carbono, com a sigla em inglês SLoCaT.   Maruxa Cardama disse que cidades e comunidades são “laboratórios vivos”, onde “desafios e oportunidades essenciais para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas se tornam tangíveis”.

A representante disse que cidades e comunidades podem oferecer oportunidades para traduzir grandes questões globais em ações locais positivas, para melhorar os meios de subsistência e proteger o planeta.  Entre esses temas estão mudanças climáticas, direitos humanos, educação e empregos para jovens.

Na conferência de 2019, os jovens copresidem quase todos os subcomitês de planejamento e desenvolvem um documento que deve ser adotado na quarta-feira, o último dia do evento.

Smale disse que este grupo foi pioneiro no movimento global nos desafios atuais como as mudanças climáticas, sendo a conferência uma “ocasião para criar impulso para a ação climática” antes do Encontro de Cúpula de Ação Climática agendado para setembro em Nova Iorque.

Para a líder municipal de Salt Lake City, Jackie Biskupski, o papel de cidades e das comunidades nunca foi tão importante na saúde e no bem-estar mundial.

A representante destacou que centros urbanos se tornam mais povoados e diversos em termos de etnia, religião, capacidade física, orientação sexual e estatuto econômico, o que apresenta grandes desafios e tremendas oportunidades.

Biskupski declarou que Salt Lake City tem inovado e construído soluções sustentáveis para enfrentar os desafios atuais “criando alianças com outras comunidades locais, ONGs e empresas, para maximizar seu impacto”.

Fonte: ONU News