ONU destaca que metade da população mundial não tem acesso a serviços de saúde

Em mensagem especial sobre o Dia Mundial da Saúde, assinalado este 7 de abril, António Guterres lembra que metade da população mundial ainda não consegue obter os serviços essenciais de saúde de que precisa.
De acordo com a OMS, pelo menos metade da população mundial ainda não tem cobertura total dos serviços essenciais de saúde, sendo que cerca de 100 milhões de pessoas estão a ser empurradas para a pobreza extrema devido às despesas com serviços de saúde.
Mais de 800 milhões de pessoas, quase 12% da população mundial, gastaram pelo menos 10% dos seus orçamentos familiares para pagar os cuidados de saúde.
Todos os Estados-membros da ONU concordaram em tentar alcançar a cobertura universal de saúde, até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Cobertura Universal
Em nota, a OMS explica que cobertura universal significa que todos os indivíduos e comunidades recebem os serviços de saúde de que precisam sem sofrer dificuldades financeiras. Estes serviços incluem todo o espectro de serviços de saúde essenciais e de qualidade, desde a promoção da saúde até à prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos.
Atingir a cobertura universal é uma das metas que as nações do mundo estabeleceram ao adotar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2015.
A OMS lembra que os países que avançam em direção à cobertura universal de saúde progredirão rumo às outras metas, permitindo que as crianças aprendam e os adultos prosperem, ajudando a evitar a pobreza e fornecendo a base para o desenvolvimento económico a longo prazo.
O relatório anual “World Health Statistics” mostra que a diferença entre a expectativa de vida dos homens e das mulheres é menor nos locais onde as mulheres não têm acesso aos serviços de saúde.
Nos países de baixo rendimento, onde os serviços são mais escassos, uma em 41 mulheres morre por causa materna, em comparação com uma em 3.300 nos países ricos.