
Secretário-geral António Guterres pede ratificação universal da Convenção Internacional e destaca legado tóxico de escravidão e colonialismo.
O racismo é um veneno que continua a corroer comunidades, bloquear oportunidades e comprometer os princípios fundamentais de igualdade e justiça. Neste 21 de março, Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou um apelo urgente para combater esse crime global. Ele destacou o legado histórico de escravidão, colonialismo e discriminação como raízes profundas desse problema persistente.
Este ano marca um marco importante: os 60 anos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. O tratado, inspirado por movimentos de direitos civis, lutas contra o apartheid na África do Sul e esforços de descolonização, simboliza um compromisso global para erradicar o racismo. No entanto, Guterres alerta que discursos de ódio e algoritmos manipulativos ainda alimentam divisões, tornando a implementação do acordo mais crucial do que nunca.
Um chamado à ação global
Para o líder da ONU, todos os países têm a obrigação moral de adotar medidas concretas contra doutrinas racistas. Ele pediu ratificação universal da Convenção e convocou governos, empresários e a sociedade civil a trabalharem juntos. “As Nações Unidas não descansarão até que um mundo sem racismo se torne realidade para todos”, afirmou Guterres.
A data também foi celebrada na Assembleia Geral da ONU, com discursos do presidente da casa, Philémon Yang, e do chefe de gabinete do secretário-geral, que representou António Guterres. A ocasião serviu para relembrar que a luta contra o racismo exige esforços contínuos e colaborativos.
Por que isso importa?
O racismo não é apenas uma questão moral; ele afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, perpetua desigualdades e mina o progresso social. A mensagem de Guterres ressalta que a Convenção é um farol de esperança, mas sua eficácia depende da ação coletiva. Ao combater preconceitos estruturais e promover o entendimento mútuo, podemos construir um futuro mais justo.
com informações da ONU News