
Com o falecimento do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, a Igreja Católica entra em um período de transição que culminará na eleição de um novo pontífice. Este processo ocorre em um contexto global marcado pelo avanço de movimentos de extrema direita, o que impõe desafios significativos à instituição.
O Conclave: como será a escolha do novo papa
O conclave, responsável pela eleição do novo papa, é conduzido pelo Colégio dos Cardeais. Apenas cardeais com menos de 80 anos na data da sede vacante têm direito a voto, totalizando 120 eleitores em 2025. A maioria desses cardeais foi nomeada por Francisco, refletindo sua visão de uma Igreja mais inclusiva e voltada para as periferias.
O processo ocorre na Capela Sistina, entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Os cardeais permanecem em clausura, sem acesso a meios de comunicação, e realizam votações diárias até que um candidato obtenha dois terços dos votos. Se após 30 votações não houver consenso, a maioria absoluta passa a ser suficiente para a eleição.
Implicações da ascensão da extrema direita para a Igreja
O crescimento de movimentos de extrema direita em diversas partes do mundo apresenta desafios à Igreja Católica, especialmente em relação a temas como migração, justiça social e direitos humanos. Durante o pontificado de Francisco, houve esforços para aproximar a Igreja dos marginalizados e promover uma agenda progressista.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Igreja enfrenta uma “crise existencial” devido à polarização política e à associação de líderes católicos com pautas conservadoras. Especialistas apontam que a eleição de um novo papa será crucial para definir a direção da Igreja diante desses desafios.
A influência de Donald Trump no cenário católico
Embora Donald Trump não tenha influência direta no conclave, seu retorno à presidência dos Estados Unidos pode impactar a Igreja Católica, especialmente no país. Durante seu mandato anterior, houve tensões entre suas políticas e a agenda do Papa Francisco, particularmente em relação à imigração e à justiça social. Analistas sugerem que um novo governo Trump poderia pressionar a Igreja a adotar posturas mais conservadoras ou, paradoxalmente, reforçar a oposição interna a essas políticas.
O futuro da Igreja Católica
A eleição do novo papa será determinante para o futuro da Igreja Católica. O sucessor de Francisco terá a missão de conduzir a instituição em um mundo cada vez mais polarizado, mantendo o equilíbrio entre tradição e modernidade, e enfrentando os desafios impostos pela ascensão de ideologias extremistas.
A comunidade católica e o mundo aguardam com expectativa a escolha do novo líder espiritual, que terá a responsabilidade de guiar a Igreja em tempos de mudanças profundas e complexas.