O mentiroso compulsivo

Que o Presidente Jair Bolsonaro não está nem aí para a vida dos brasileiros, não é novidade. O importante para ele é continuar presidente. O resto que se lixe. Morram quantos morrerem, a culpa não será dele, apesar de bradar aos quatro ventos que a Covid-19 é uma “gripezinha” (que já matou mais de 16 mil brasileiros) e que todos devem voltar a viver normalmente porque “70% dos brasileiros serão contaminados e que mais gente vai morrer. E daí? Fazer o quê?”. Vocifera, tal qual um comandante numa guerra, que sabe que haverão baixas e que estas são inevitáveis num conflito.

É verdade que a maioria dos que cercam o “capitão” também é militar.  Profissionalmente treinados para conquistar, subjugar e matar. Todo o treinamento deles em última instância é nesse sentido.

Em tempos de paz, e em épocas de crise, nós, os civis, nos utilizamos de parte desse treinamento, especialmente em logística, como auxílio para ajudar no retorno à normalidade e, logo depois, os mandamos de volta aos quartéis. Não à toa, muitos adoram usar guerra como sinônimo de crise para abrir mais rapidamente os portões da caserna.

O presidente entre eles. Criado na lógica militar cercou-se de iguais e juntos decidiram promover uma “guerra”. Infelizmente, parecem ter escolhido o povo brasileiro como o inimigo a ser aniquilado.

Na guerra, a verdade é a sempre a primeira vítima. A frase do senador americano Hiram Johnson, reflete bem o que ocorre hoje no Brasil.

Remédios “milagrosos” são defendidos pelo presidente como se não houvessem comprovações dos graves efeitos colaterais e da completa falta de efetividade no tratamento. Brada “vamos liberar cloroquina para todos. Vai morrer gente. É da´’? Fazer o quê?”

Se a Ciência diz não e o ministro da Saúde acompanha a lógica, trocam-se ministros até que a ignorância prevaleça. E nesse ponto é espantosa a capacidade do presidente em corromper. É preciso “ajustar a ciência para um diagnóstico favorável”, busque-se alguém que o faça em troca das “migalhas do Poder”. Nesses dias temos visto um desfile de corruptos de braços entendidos em direção a um ministério ou carguinho qualquer.

Por outro lado, na mesma Saúde, os militares vão ocupando postos estratégicos e sufocando o atendimento ao povo. Os linhas de suprimentos foram cortadas e a cada dia temos estados e municípios mais desabastecidos. Com governadores e prefeitos lutando sozinhos na frente de batalha, dentro da lógica militar “das baixas aceitáveis”.

Na Economia, os pequenos negócios foram simplesmente abandonados nas mãos dos atravessadores (bancos parceiros) e não conseguem acesso aos recursos.

Na Política, o presidente centraliza a venda da nação aos inimigos. Enquanto, fomenta crise após crise, numa guerra sem fim, para proteger seu núcleo familiar. Inventa versões novas a cada dia e ignora a cristalinidade dos fatos. Um mentiroso compulsivo que vai se enrolando em sua próprias fantasias.

Seus seguidores, o chamam de “mito”, mas talvez tenham engolido um ene. “Minto” é mais condizente com a personalidade deste capitão que vive o sonho de comandar generais, numa inversão escabrosa da ordem militar: um subversivo que e inventa realidades, corrompe e causa mortes aos milhares, não à toa tem sido chamado de BOLSONERO nas mesmas redes sociais cujos filhos tanto adoram alimentar com fake-news.