Novembro Azul: agora é a vez do homem

novemrbo-azul
Novembro é azul contra o câncer de próstata e outras doenças masculinas

A edição deste ano da campanha Novembro Azul vai ampliar sua abordagem – com o mote “De novembro a novembro azul – movimento permanente pela saúde integral do homem”, a ação vai orientar sobre o câncer de próstata e também alertar os homens sobre a importância de cuidar da saúde.

Criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, a campanha visa orientar a população masculina sobre o câncer de próstata. A doença figura como o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, com mais de 13 mil mortes anuais – uma a cada 40 minutos. Mais de 61 mil novos casos devem ser registrados no país em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

A proposta do instituto este ano é, com a campanha já consolidada no Brasil, passar a alertar sobre os cuidados com a saúde integral do homem, mobilizando a população masculina para que se torne protagonista de sua história e responsável por sua própria qualidade de vida, em diferentes fases da vida.

Na página da campanha, o instituto disponibilizou uma lista das doenças que mais afetam a saúde masculina, seja na infância, na adolescência, na fase adulta e na terceira idade. Ao clicar em cada uma delas, é possível encontrar informações sobre diagnóstico, fatores de risco, prevenção, sintomas e tratamento.

Na infância, as doenças citadas incluem fimose, infecção urinária e prostatite (inflamação da próstata). Já entre adolescentes, a lista destaca arritmia cardíaca, doenças sexualmente transmissíveis e ejaculação precoce. Na fase adulta, aparecem doenças como cálculo urinário e diversos tipos de câncer. Por fim, na terceira idade, integram a lista diabetes, disfunção erétil e hipertensão arterial.

“Por meio da informação, junte-se a nós na conscientização dos cuidados com a saúde e mudança de hábitos, da importância do diagnóstico precoce e adesão ao tratamento”, propõe o Instituto Lado a Lado pela Vida.

Sobre o Novembro Azul

Criada em 2011, a campanha, originalmente, visa orientar a população masculina sobre o câncer de próstata. A doença figura como o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, com mais de 13 mil mortes anuais – uma a cada 40 minutos. Ele é o segundo tipo da doença que mais afeta a população masculina no país (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.  Mais de 61 mil novos casos devem ser registrados no país em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

No entanto, apesar dos números impressionarem, muitos homens ainda têm receio de se submeter a exames clínicos. Isso faz com que os brasileiros procurem ajuda médica quando o tumor já está em estado mais adiantado, o que interfere drasticamente no tratamento. Isso faz com que os brasileiros procurem ajuda médica quando o tumor já está em estado mais adiantado, o que interfere drasticamente no tratamento.

O urologista Carlos Chagas  destaca que o desenvolvimento do câncer de próstata é silencioso. Por essa razão, enfatiza: “Não se deve esperar que os sintomas surjam para procurar ajuda. Faça os exames. O de sangue verifica a taxa de PSA (antígeno prostático específico), que é uma substância produzida pelas células prostáticas. Complementando-o, vem o exame físico, que inclui o toque retal, para avaliar a consistência da próstata, o seu tamanho e se existem lesões palpáveis na glândula”, explica.

Detecção

A idade recomendada para iniciar os exames que podem identificá-lo é a partir dos 50 anos. Já aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, como pai ou irmão, precisam ter mais atenção e começar logo aos 45 anos. “Essas ocorrências os tornam de 3 a 10 vezes mais propensos à doença”, esclarece Carlos Chagas.

Já o rádio-oncologista Pérsio Freitas afirma que, entre todos os tipos de câncer, o de próstata é o mais curável que existe no homem, desde que descoberto no início. “Chega a 90% de chance de cura. Mas, se a doença progredir muito até o diagnóstico, essa chance pode cair para 10%”, alerta.

Tratamento

Para tratar o câncer de próstata  existem três procedimentos, a cirurgia aberta ou robótica; a radioterapia externa ou braquiterapia; e as condutas de vigilância ativa, que consistem em um acompanhamento com exames até que seja necessário ou indicado um tratamento.

Durante todo o mês de novembro, serão realizadas atividades de orientação sobre o câncer de próstata e a saúde do homem e ações para estimular a atividade física. Haverá distribuição de material informativo e prédios serão iluminados na cor azul .

Um dos destaques da programação é o II Fórum Ser Homem no Brasil, marcado para a próxima segunda-feira (7). Com apoio do Senado Federal, o evento vai reunir profissionais de saúde, parlamentares, governantes, representantes do Ministério da Saúde e população em geral para debater a prevenção e o combate ao câncer de próstata e outros tipos de câncer, como de pênis e testículo.

Nas redes sociais, a campanha vai tratar da saúde integral do homem e usará as hashtags #novembroazul , #denovembroanovembroazul , #menospreconceito e #maisvida. A programação completa do Novembro Azul pode ser conferida no site do instituto.

PRÓSTATA

prostata_1

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Estimativa de novos casos: 61.200 (2016 – INCA)

Número de mortes: 13.772 (2013 – SIM)

Com informações da  Agência Brasil e do INCA

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.