Informalidade contribui novamente para queda da desocupação, mas país ainda tem 13 milhões sem emprego         

A taxa de desocupação (12,6%) caiu 0,7 ponto percentual no trimestre junho-julho-agosto frente ao trimestre março-abril-maio (13,3%), segundo os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada nesta sexta (29) pelo IBGE. No trimestre julho-julho-agosto de 2016, a taxa era de 11,8%. Esse comportamento repetiu os trimestres anteriores.

A população desocupada caiu 4,8% em relação ao trimestre encerrado em maio e chegou a 13,1 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2016, no entanto, houve alta de 9,1%, já que na época havia apenas 12 milhões de desempregados.

A população ocupada chegou a 91,1 milhões de pessoas no país, um crescimento de 1,5% (1,4 milhão de pessoas) na comparação com maio e de 1% na comparação com agosto do ano passado.

Mais da metade do aumento de 1,4 milhão de pessoas ocupadas, no trimestre encerrado em agosto, foi determinado por crescimentos em categorias da ocupação informal: empregado sem carteira assinada e conta-própria. No trimestre, houve aumento de 2,1% dos trabalhadores por conta própria, com mais 472 mil pessoas, totalizando 22,8 milhões de pessoas nessa categoria. E foi registrado crescimento de 286 mil pessoas sem carteira assinada, com um total de 10,8 milhões de ocupados sem carteira no país.

O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, explica que é comum após crises econômicas o primeiro passo da recuperação se dar por meio da informalidade. A melhoria no mercado de trabalho “tira da fila da desocupação 658 mil pessoas, uma queda significativa de 4,8% no trimestre terminado em agosto frente ao anterior” Frente ao trimestre junho-julho-agosto de 2016, o aumento da ocupação foi de 1,4 milhão de pessoas.

Entre os grupamentos de atividade, a recuperação no trimestre terminado em agosto frente ao anterior deveu-se, principalmente, à Indústria Geral (1,9% ou mais 227 mil pessoas), Construção (2,9% ou mais 191 mil pessoas), e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,7% ou mais 414 mil pessoas). E também foi verificado no grupo Outros serviços (3,0% ou mais 132 mil pessoas). “A geração de postos de trabalho vem sendo expressiva na Indústria, mas em agosto chamou atenção a volta de geração de ocupações na Construção Civil e no grupo da Administração Pública, em razão da volta de contratações nas prefeituras”, concluiu Azeredo.

Fonte: Agência IBGE

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