Indústria brasileira estagna: cinco meses sem crescimento alarmam especialistas

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Produção industrial do Brasil patina em fevereiro, acumulando cinco meses de estagnação. Juros altos, dólar em ascensão e inflação persistente são apontados como os principais vilões desse cenário preocupante.

A indústria brasileira não demonstra sinais de recuperação. Segundo dados divulgados pelo IBGE, a produção industrial recuou 0,1% de janeiro para fevereiro, mantendo a trajetória de estagnação que já dura cinco meses. Nesse período, o setor acumula perdas de 1,3%, um sinal de alerta para a economia nacional.

Os números revelam um setor industrial que luta para encontrar seu ritmo. Janeiro já havia apresentado estagnação, e o último mês de crescimento foi em setembro de 2024. Desde então, a indústria enfrenta um declínio contínuo, com três meses consecutivos de queda entre outubro e dezembro.

Os dados mais recentes revelam um setor industrial que luta para encontrar seu ritmo. Janeiro já havia apresentado estagnação, e o último mês de crescimento foi em setembro de 2024. Desde então, a indústria enfrenta um declínio contínuo, com três meses consecutivos de queda entre outubro e dezembro.

Contudo, nem tudo são más notícias. No acumulado de 2025, a indústria expandiu 1,4% em comparação com o mesmo período de 2024. Além disso, nos últimos 12 meses, a alta é de 2,6%. Em comparação com fevereiro de 2024, a variação foi positiva em 1,5%.

No entanto, a situação ainda é preocupante. O parque industrial nacional está 1,1% acima do nível pré-pandemia, mas 15,7% abaixo do pico histórico registrado em maio de 2011. Além disso, dos 25 ramos pesquisados pelo IBGE, 14 apresentaram queda na produção em fevereiro.

A estagnação da indústria brasileira é um problema complexo, com múltiplas causas. A alta taxa de juros, a valorização do dólar e a inflação elevada são fatores que contribuem para a desaceleração do setor.

Além disso, a queda na confiança de famílias e empresários também desempenha um papel importante. A incerteza econômica leva à redução do consumo e dos investimentos, prejudicando a produção industrial.

Em contrapartida, alguns setores apresentaram resultados positivos. As indústrias extrativas e de produtos alimentícios foram os destaques positivos em fevereiro.

Por fim, a média móvel trimestral, que suaviza as oscilações mensais, apresentou recuo de 0,1%. Esse é o terceiro resultado negativo consecutivo desse indicador, sinalizando uma tendência de queda na produção industrial.