Governo Bolsonaro gasta tempo e dinheiro em marketing do nada

O governo Bolsonaro vive de brigar com os demais poderes, a Imprensa e o Povo brasileiro. Adora usar as redes sociais para produzir o nada. Em dois anos não conseguiu produzir um único fato positivo e não disse a que se presta até agora. Só divulga ações ruins para o país, que logo são revogadas por conta do efeito negativo que criam aqui e lá fora. É assim no enfrentamento à pandemia. O mesmo acontece na área ambiental. O número de agressões a mulheres só aumenta e nada de efeito sai do governo. A violência policial cresce e o governo Bolsonaro não apresenta um singelo plano de segurança. Na economia é uma falação sem fim, mas nada acontece para melhorar a vida das pessoas, enquanto o desemprego dispara. Com as previsões caminhando para a concretização de que o país irá viver a maior recessão da história, o ministro da Economia desapareceu. Ou seja, o governo Bolsonaro é um nada! Mas para enfrentar essa nulidade, faz marketing, como se alguém (além dos fanáticos direitistas de sempre) fosse se deixar influenciar por algo que não lhe traz qualquer benefício.

No caso da Pandemia do Coronavírus a situação é patética. Na página oficial da agência do governo não se tem manchete sobre os casos de coronavírus no Brasil, nem número de mortes. Mas, como o governador de São Paulo é inimigo declarado de Bolsonaro, a Agência Brasil divulga diariamente em destaque o número de casos e de mortes em São Paulo para dizer “está vendo, mesmo com isolamento olha o número de casos e mortes por lá”. Mas e o Brasil, presidente? Não foi o senhor que abandonou os brasileiros à própria sorte nas mãos do vírus? E que debocha sempre que pode das famílias enlutadas? Isso, no mínimo, é falta de vergonha na cara.

Se atos pró-Democracia são anunciados, o chefe do Executivo chama os manifestantes de “terroristas” e vai visitar um sargento sobrevivente da segunda Guerra e solta a frase marqueteira “o verdadeiro combatente antifascista”. Só que dias antes Bolsonaro havia citado uma frase de Mussolini, o líder fascista italiano, a quem o heroico sargento combateu. Dá uma no cravo para agradar seu público fascista e outra da ferradura para fazer marketing com a população, tentando esconder seu projeto é obter o poder absoluto para si próprio. É algo esquizofrênico: um distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza. Uma desestruturação psíquica, que apresenta sintomas como alucinações, delírios, dificuldades no raciocínio e alterações no comportamento como indiferença afetiva e isolamento social.

Outro ponto é essa obsessão por armar a população, como ele mesmo disse, para se defender do autoritarismo. Foi exatamente esse o discurso do falecido presidente Chaves na Venezuela. Um exemplo do que não deve ser seguido. Se essa atitude de Bolsonaro não revela uma mente doente não sei mais o que revelaria.

E os ministros? Fazem tudo para agradar ao chefe, mas não atuam nas pastas para as quais foram nomeados. Diz aí, qual a ação positiva que você conhece do ministro da Educação? da Saúde? Meio Ambiente? Direitos Humanos? Justiça? Agricultura? Cidades? Ciência e Tecnologia? Turismo? Eu, pelo menos não conheço. O que vejo são notícias e portarias sobre coisas que prejudicam o Brasil e os brasileiros sistematicamente.

Qual o projeto de futuro para o Brasil?  

Vamos ampliar a verbas para a Educação e inverter a pirâmide de investimentos, focando mais no ensino básico e fundamental e garantindo as verbas necessárias para as pesquisas e a valorização da interface entre as empresas e as universidades? Ou vamos apenas ficar discutindo datas e formas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como se a Educação no país fosse apenas um Vestibular?

Vamos proteger nosso grande patrimônio ambiental promovendo a preservação das florestas, animais, rios, lagoas, mares e povos nativos, aproveitando esses recursos para garantir nosso futuro e aumentar nosso Índice de desenvolvimento Humano?  Ou vamos atender ao interesse de algumas agroempresas e depredadores buscando ganhos imediatos com foco na corrupção?

Vamos enfrentar a questão da violência contra jovens negros e as minorias desassistidas percebendo que nelas está a diversidade e o conhecimento necessários ao desenvolvimento do Brasil? Ou vamos continuar permitindo o genocídio dessa população apenas para agradar a grupelhos que representam o pior da alma humana?

Estamos de frente para a encruzilhada onde estes e outros desafios nos definirão como Nação no futuro. No momento estamos inclinados a trilhar o caminho desprezível do egoísmo guiados por um lunático e suas tropas de zumbis e vampiros que sugam a alma nacional. Ainda temos tempo de reverter os rumos. Não vivemos tempo de covardia.