
Israel retoma bombardeios intensos na Faixa de Gaza, destruindo avanços do cessar-fogo e provocando uma crise humanitária sem precedentes. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, expressou preocupação com a situação, classificando-a como a concretização dos “piores temores”.
Ataques aéreos devastadores e bloqueio de ajuda agravam a crise. Desde o dia 2 de março, Israel interrompeu a entrada de suprimentos vitais, como alimentos e medicamentos, para os 2,1 milhões de habitantes de Gaza. Além disso, a usina de dessalinização do sul foi desativada, privando 600 mil pessoas de água potável.
Consequências catastróficas
- Centenas de mortes: Relatos não confirmados do Hamas indicam mais de 400 mortos nos bombardeios.
- Destruição de avanços: “Os modestos ganhos obtidos durante o cessar-fogo estão sendo destruídos”, lamentou Fletcher.
- Escassez de recursos: A falta de gás de cozinha e suprimentos levou ao fechamento de seis padarias subsidiadas pelo Programa Mundial de Alimentos (WFP).
- Restrições à ajuda humanitária: Novas regras de registro para ONGs internacionais podem interromper significativamente as operações de ajuda.
- Falta de financiamento: Apenas 4% dos recursos necessários para a assistência humanitária foram obtidos.
Reações internacionais
- ONU: O secretário-geral António Guterres se declarou “chocado” com os bombardeios e apelou pelo restabelecimento da assistência humanitária. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, classificou a situação como “horrorizante” e defendeu uma solução política para a guerra.
- Mundo: Líderes mundiais condenaram os ataques israelenses a Gaza, realizados durante o cessar-fogo com o Hamas. Países árabes e potências como Rússia e China exigem o fim da violência e a retomada das negociações de paz. O Egito, mediador do conflito, pede solução de dois estados para garantir a paz duradoura no Oriente Médio.
- Medo de “limpeza da área”: Analistas temem que Israel esteja usando os ataques para forçar a saída dos palestinos de Gaza, mantendo viva a possibilidade de implementação do plano de Donald Trump de construir um resort de luxo na região.
com informações da ONU News