Eventos climáticos causaram prejuízos de US$ 320 bilhões em 2017

23 de março é o Dia Mundial da Meteorologia. E de acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM, 2017 foi o ano mais dispendioso com eventos climáticos e tempo extremo. Contribuíram para isto uma temporada de furacões grave no Atlântico Norte, cheias extremas no subcontinente indiano e a continuação da seca na África Ocidental. Segundo o estudo, estes eventos causaram prejuízos de US$ 320 bilhões.

Impacto

O relatório sublinha o impacto que estes eventos tiveram no desenvolvimento económico, segurança alimentar, saúde e migração. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que “2018 começou da mesma forma que 2017 terminou – com tempo extremo a roubar vidas e a destruir formas de subsistência. ”

Estes eventos provocaram o deslocamento de 23,5 milhões de pessoas. O risco de doenças relacionadas com temperaturas altas aumentou de forma constante desde os anos 80. Hoje, 30% a população vive em locais com temperaturas potencialmente mortais durante, pelo menos, 20 dias do ano.

Segundo o relatório, os impactos do clima afetam nações vulneráveis de forma mais forte. Os autores garantem que “a época de furacões erradicou décadas de ganhos de desenvolvimentos nas ilhas do Caribe. ”

Aquecimento

Numa declaração, Taalas referiu o aumento dos níveis de dióxido de carbono e disse que “estes níveis devem manter-se nas próximas gerações, condenando o nosso planeta a um futuro mais quente, com mais extremos meteorológicos, climáticos e de água. ”

O documento confirma que 2017 foi o terceiro ano mais quente desde que há registo. Se não for tida em conta a influência do El Niño, foi o ano mais quente.

Os nove anos com calor mais intenso de que há registo aconteceram todos desde 2005. Os cinco mais quentes aconteceram todos desde 2010.

A temperatura dos oceanos baixou em relação aos dois anos anteriores, mas 2017 ainda foi o terceiro mais quente de que há registo. O estudo diz que “a magnitude de todos os componentes da subida do nível dos mares aumentou nos últimos anos.”

A extensão do gelo, tanto no Ártico como na Antártida, foi a menor já medida.

Preparação

O lançamento do documento ocorreu por conta do 23 de março, Dia Mundial da Meteorologia. Este ano, a organização sublinha “a necessidade de fazer um planeamento informado para acidentes, como cheias, assim como para a variação normal do clima e as mudanças de longo prazo. ”

O secretário-geral da OMM disse que este tema é importante porque “as mudanças climáticas de longo prazo estão a aumentar a intensidade e a frequência do tempo extremo e dos eventos climáticos.”

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas.É sucessora da Organização Meteorológica Internacional, criada em 1873.

Fonte: ONU News