Vendas no comércio sobem, mas resultados ainda mostram que setor não afastou a crise

As vendas do comércio varejista subiram 1,5 % na comparação entre os meses de outubro e novembro do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13)  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação ao mês de novembro de 2014, no entanto, houve uma queda de 7,8% nas vendas: o pior resultado em 12 anos. Para meses de novembro, é o pior resultado desde o início da série, em 2001.

“Se compararmos a conjuntura de novembro de 2014 com a de 2015, a gente tinha um mercado de trabalho que crescia. Atualmente, temos uma situação de juros bem mais elevada e uma mudança de situação em termos de inflação. Novembro de 2014 foi um pico histórico que tivemos, mas a conjuntura era diferente”, disse Isabella Nunes, gerente de Serviços e Comércio do IBGE.

Os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceram a principal pressão negativa sobre o índice geral na comparação anual. As vendas nesse seguimento caíram 5,7%.

A seguir,  aparecem quedas nas vendas de móveis e eletrodomésticos (-14,7%) e de tecidos, vestuário e calçados, que, recuarem 15,6%, e registraram a maior baixa na sua série histórica. As vendas de combustíveis e lubrificantes também caíram (12%), pressionando o resultado geral do comércio.

O único setor do varejo que mostrou crescimento foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2%).

Apenas o comércio de Roraima mostrou aumento nas vendas, de 4%. Os outros estados venderam menos. No Amapá, a retração foi de 27,4% em São Paulo, de 6%; no Rio Grande do Sul, de 10,9%, no Paraná, de 10%, e, em Santa Catarina, de 11,3%.

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