
Mosquito transmite vírus da dengue, da zika e da febre chikungunya.
A campanha de combate ao Aedes aegypti começa oficialmente no próximo domingo (20) de acordo com informações do Ministério da Saúde. A chuva dos últimos dias na região sudeste reforça a necessidade de intensificação da campanha. O Ministério deseja que a campanha passe a ser semanal. A sexta-feira seria o dia da semana dedicado ao combate do mosquito que transmite os vírus da dengue, da zika (associado a casos de microcefalia) e da febre chikungunya.
De acordo com o ministro da Saúde Ricardo Barros a campanha será veiculada em meios de comunicação como rádio, televisão e jornais. E o próximo dia 25 (sexta), será o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito.
“No dia 20 devemos iniciar a campanha de divulgação para a mobilização das pessoas, para sensibilizar cada brasileiro de fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes Aegypti. E no dia 25 haverá um dia nacional de mobilização, uma sexta-feira. Depois dessa em todas as sextas-feiras estaremos com a sociedade mobilizada para buscar a eliminação dos focos”, afirmou Barros.
A campanha
Veja abaixo como será a campanha de combate ao Aedes aegypti, segundo o ministro da Saúde:
500 mil agentes vão atuar no combate aos focos do mosquito, indo de casa em casa, com a ajuda das Forças Armadas;
160 mil pessoas foram treinadas para atender casos de microcefalia;
Ministério da Educação orientará professores a reservar 10 minutos, na última aula de toda sexta-feira, para reforçar a necessidade da eliminação de focos do mosquito;
R$ 80 milhões foram investidos na compra de larvicidas e equipamentos para pulverização;
R$ 200 milhões foram investidos em pesquisas para vacinas dos vírus da dengue e da zika;
Ministérios das Cidades e da Justiça deverão articular leilões de carros parados em depósitos que possam ser foco do mosquito.
AÇÕES PERMANENTES
Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas no segundo semestre de 2015, o Ministério da Saúde tem tratado o tema como prioridade. Os recursos federais destinados à Vigilância em Saúde, Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS), para a transferência aos estados, municípios e Distrito Federal que incluem as ações de combate ao Aedes aegypti, cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão em 2015. E, no ano de 2016, teve um incremento de R$ 580 milhões, chegando o valor a R$ 1,87 bilhão. Além disso, o Ministério da Saúde contou com apoio extra do Congresso Nacional, por meio de emenda parlamentar, no valor de R$ 500 milhões.
DADOS ZIKA
O Brasil registrou, até 17 de setembro, 200.465 casos prováveis de Zika, o que representa uma taxa de incidência de 98,1 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três óbitos pela doença no país. Em relação às gestantes, foram registrados 16.473 casos prováveis em todo o país. A transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirmação laboratorial no município de Camaçari (BA). O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos em fevereiro deste ano. Desde então, estados e municípios vinham preparando seus sistemas de registros para encaminhar estas notificações ao Ministério da Saúde. Antes disso, o monitoramento do vírus Zika era realizado por meio de vigilância sentinela.
A região Sudeste teve 83.151 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (74.190); Centro-Oeste (29.875); Norte (11.928) e Sul (1.321). Considerando a proporção de casos por habitantes, a região Centro-Oeste fica à frente, com incidência de 193,5 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (131,2); Sudeste (97,0); Norte (68,3); Sul (4,5).
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