Brasileiro é reeleito para a OMC

O brasileiro Roberto Azevêdo foi eleito na manhã desta terça (28) para comandar a Organização Mundial do Comércio (OMC) por mais quatro anos. Esta foi a primeira vez que a entidade definiu seu chefe com três meses de antecedência. Azevêdo, foi candidato único. Mas, para ser confirmado, precisaria do apoio de todos os 160 membros da entidade.

Azevêdo teve o apoio de países ricos e pobres. Se a eleição de Azevêdo ocorreu sem surpresas, os próximos quatro anos prometem ser um teste para a sobrevivência da OMC. Seu novo mandato começa num momento em que o governo americano levanta a possibilidade de adotar mecanismos para aplicar sanções contra parceiros, sem consultar a OMC ou pedir sua autorização. Hoje, apenas os tribunais da entidade podem dar o sinal verde para que governos implementem penalidades, depois que juízes determinam que as práticas adotadas por uma economia violam as regras internacionais.

Para Azevêdo, diante das ameaças, é justamente neste momento que as regras internacionais ganham nova importância. “O valor dos acordos globais é evidente”, disse, alertando sobre a necessidade de se resolver crises dentro das regras. De acordo com ele, as estruturas existentes hoje foram erguidas como “respostas diretas às lições sangrentas da história”, numa referência às regras depois da Segunda Guerra Mundial. “Elas representam o melhor esforço do mundo para garantir que os erros do passado não sejam repetidos”, advertiu.

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