A produção industrial brasileira teve um crescimento de 0,8% de março para abril deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça (05), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta veio depois de uma queda de 0,1% em março. Na comparação com abril de 2017, a indústria cresceu 8,9%, sua 12ª alta consecutiva e a mais acentuada desde abril de 2013 (9,8%).
O resultado foi influenciado principalmente pelo setor de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, que frente ao mês anterior, apresentou alta de 5,2% na produção.
“O avanço no setor se deve principalmente à maior produção de álcool (biocombustível) no mês de abril, resultante da safra de cana-de-açúcar iniciada em meados de março. Tanto que da mesma forma, também percebemos crescimento no setor alimentício, puxado pelo açúcar”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Ainda no confronto com março, também contribuíram positivamente os seguintes setores: automotivo (4,7%), de alimentos (1,4%), de outros equipamentos de transporte (14%) e de produtos farmacêuticos (4,5%). Os recuos mais influentes, porém, foram observados em: perfumaria; máquinas e equipamentos; e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, com quedas de, respectivamente, 7,3%, 3,1% e 4%.
Já frente a abril de 2017, o avanço de 8,9% foi motivado, principalmente, pelos crescimentos de 40,6% no setor automotivo e de 32,8% em equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos. Nessa comparação, apenas fumo e impressão e reprodução de gravações recuaram, com taxas de -5,6% e -1,3%, respectivamente.
Com o resultado, a indústria acumulou crescimentos de 4,5% em 2018 e 3,9% nos últimos 12 meses. “Em abril, percebe-se uma melhora no comportamento da indústria em relação ao primeiro trimestre de 2018, mas o resultado ainda é insuficiente para recuperar a queda de 2,1% registrada em janeiro”, pondera André Macedo.