
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da expansão, o ritmo de crescimento é o mais lento desde o período da pandemia de Covid-19, em 2020, quando o PIB encolheu 10,1%.
Na comparação anual, o avanço foi de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024. Este é o menor crescimento anual desde o primeiro trimestre de 2022, que registrou 1,5%.
Desaceleração esperada pelo mercado
A desaceleração da economia já era antecipada pelos agentes do mercado. Levantamentos prévios, como o da Reuters, indicavam uma expectativa de crescimento de 0,3% para o trimestre, um valor ligeiramente abaixo dos 0,4% efetivamente registrados. A perda de fôlego, portanto, já estava precificada nas análises econômicas.
PIB em patamar elevado e contribuições
Mesmo com a desaceleração, o PIB nacional mantém-se em seu maior patamar histórico desde o início da série de Contas Nacionais Trimestrais, em 1996. Este é o 18º trimestre consecutivo de expansão do PIB anualizado. O volume total da economia brasileira entre abril e junho foi de R$ 3,2 trilhões.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pelo consumo das famílias, que continuaram a sustentar a atividade econômica. A última queda na comparação anual ocorreu no último trimestre de 2020, com retração de 0,3%, período em que as economias globais enfrentavam os impactos da pandemia.
Comparativo trimestral
O crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 contrasta com a expansão de 1,3% observada nos primeiros três meses do ano. A expectativa de 0,3% para o segundo trimestre demonstra que a desaceleração foi ligeiramente menor do que o previsto pelo mercado. O último resultado trimestral negativo foi registrado no segundo trimestre de 2021, com -0,6%.