Lula reúne ministros para alinhar ações diante do “tarifaço” e reafirma soberania nacional

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial do ano no Palácio do Planalto. O encontro teve como objetivo alinhar ações do governo diante da crise provocada pelo aumento de tarifas impostas pelos Estados Unido

Lula abriu a reunião com um discurso enfático em defesa da soberania nacional. Ele afirmou que o Brasil não aceitará ser tratado como “subalterno” e criticou o governo norte-americano, classificando sua postura como a de “imperador do planeta Terra”. O presidente também fez menção ao caso envolvendo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que teve o visto cassado pelos EUA, chamando a medida de “vergonhosa para os Estados Unidos”.

Durante a fala, Lula direcionou críticas a Eduardo Bolsonaro, acusando o deputado de atuar contra os interesses do país e de incentivar ações estrangeiras que prejudicam a economia nacional. “Um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara, insuflando com mentiras outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil”, declarou.

O presidente apareceu usando um boné com a frase “o Brasil é dos brasileiros”, símbolo adotado para reforçar o discurso de unidade. Ele cobrou de seus ministros alinhamento com as medidas do plano “Brasil Soberano”, elaborado para enfrentar os efeitos das sobretaxas. O encontro também incluiu apresentações de Rui Costa, Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira, que detalharam cronogramas, balanços e estratégias para reduzir os impactos da crise, incluindo concessão de crédito às indústrias mais afetadas.

A reunião, mais curta do que a primeira realizada no início do ano, teve previsão de duração de até cinco horas. Lula encerrou a fala destacando que o governo buscará diálogo internacional, mas sem abrir mão do respeito à legislação e aos interesses nacionais.