Você sabia? “Frankenstein”, uma variante da Covid, se espalha pelo mundo e exige atenção

Uma nova variante da Covid-19 tem despertado alerta em diversos países e ganhou o apelido de “Frankenstein” devido à sua formação genética incomum. Apesar da maior facilidade de transmissão, especialistas afirmam que, até o momento, não há indícios de que ela seja mais agressiva. Ainda assim, o avanço rápido exige atenção das autoridades de saúde e da população. Vacinação atualizada, testes e cuidados básicos continuam essenciais. A seguir, entenda o que se sabe sobre origem, sintomas e impactos no Brasil.

Origem e características da variante

A variante XFG, também chamada de “Stratus”, surgiu a partir da recombinação de duas linhagens diferentes do coronavírus. Esse processo ocorre quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas versões do vírus, permitindo que elas troquem material genético. Por isso, recebeu o apelido de “Frankenstein” — uma referência à união de partes distintas formando uma nova estrutura.

Apesar do nome impactante, o apelido não significa maior perigo imediato. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XFG como “variante sob monitoramento”, o que significa que ela merece atenção, mas não há provas de que provoque quadros mais severos.

Disseminação global

A XFG já foi identificada em países da Europa, Ásia e Américas, com crescimento rápido em algumas regiões. Em diversas localidades, ela já aparece entre as variantes mais registradas em testes recentes. Essa expansão está relacionada principalmente à sua facilidade em se transmitir, incluindo entre pessoas que já tiveram Covid ou foram vacinadas há mais tempo — o que reforça a importância das doses de reforço.

Transmissibilidade e gravidade

A principal característica da nova variante é a maior transmissibilidade. Ou seja, ela se espalha com mais facilidade entre as pessoas, especialmente em ambientes fechados e com pouca circulação de ar.

Por outro lado, não há evidências, até agora, de que a XFG cause quadros mais graves. Os casos registrados seguem, na maioria, com sintomas leves a moderados, semelhantes aos observados desde a predominância da variante Ômicron.

Ainda assim, como toda variante com maior velocidade de transmissão, o risco é que o número alto de novos casos pressione serviços de saúde, especialmente em períodos de maior circulação de vírus respiratórios.

Sintomas mais frequentes

Os sintomas relatados são próximos aos das variantes anteriores da Covid-19:

  • Dor de garganta
  • Tosse seca
  • Febre
  • Cansaço
  • Dor de cabeça

Alguns profissionais de saúde têm observado maior ocorrência de rouquidão ou voz áspera, além de alguns casos com sintomas gastrointestinais, como náuseas. Entretanto, esses sinais não são exclusivos da XFG e não permitem identificar a variante sem exame.

Impacto no Brasil

No Brasil, a variante já foi detectada em diferentes estados. Autoridades sanitárias recomendam:

  • Reforçar a vacinação, principalmente para idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas.
  • Isolar-se em caso de sintomas respiratórios.
  • Realizar teste sempre que possível.
  • Priorizar ambientes ventilados e, em situações de risco, considerar o uso de máscara.

A vacinação, segundo especialistas, continua sendo a principal proteção contra casos graves, hospitalizações e mortes.

O que fazer agora

  • Verifique se sua vacinação está em dia.
  • Caso apresente sintomas, evite contato com outras pessoas, especialmente vulneráveis.
  • Prefira locais arejados e ventilados.
  • Use máscara em ambientes fechados se estiver doente ou convivendo com grupos de risco.
  • Acompanhe orientações de autoridades de saúde.

A variante XFG deve ser vista com atenção, não com pânico. Ela não é, até agora, mais perigosa, mas pode se espalhar rapidamente. O cenário reforça uma lição já conhecida: o vírus segue mudando, e a melhor resposta continua sendo informação confiável, vacinação atualizada e cuidados básicos.