As vendas no comércio varejista brasileiro avançaram 0,2% em agosto, após quatro meses consecutivos de recuo. O resultado indica uma leve recuperação no setor, impulsionada por segmentos como móveis e eletrodomésticos, produtos farmacêuticos e artigos de uso pessoal e doméstico.
No varejo ampliado — que inclui veículos, motos, materiais de construção e o atacado de alimentos e bebidas — o desempenho foi ainda melhor, com alta de 0,9% em relação a julho. Esse avanço reflete uma melhora gradual na atividade comercial, embora o cenário ainda seja de cautela.
Em comparação com agosto do ano passado, o varejo comum teve crescimento de 0,4%. Já o varejo ampliado apresentou queda de 2,1%, pressionado principalmente pela retração nas vendas de veículos e materiais de construção, que seguem impactados pelo crédito caro e pelo endividamento das famílias.
No acumulado de 2025, o varejo registra alta de 1,6%, enquanto o ampliado ainda mostra queda de 0,4%. Nos últimos 12 meses, os resultados são de 2,2% e 0,7%, respectivamente. Apesar da leve recuperação, o consumo das famílias continua limitado por juros elevados e mercado de trabalho em ritmo moderado.
O desempenho de agosto traz algum fôlego para o setor, mas analistas avaliam que a recuperação do varejo deve seguir lenta até que o crédito e a confiança do consumidor voltem a crescer de forma mais consistente.
