
O Brasil reduziu de 2,112 milhões em 2016 para 1,650 milhão em 2024 o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil — queda de 21,4% no período.
Em termos de proporção, o índice caiu de 5,2% em 2016 para 4,3% em 2024 entre pessoas nessa faixa etária. Apesar disso, entre 2023 e 2024 houve ligeiro aumento de 34 mil pessoas nessa condição — crescimento de 2,1% no contingente —, e o percentual subiu de 4,2% para 4,3%.
A região Norte continua com a maior proporção de trabalho infantil (6,2%) entre crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. No Nordeste e Sul houve altas nos números absolutos entre 2023 e 2024, de 7,3% e 13,6%, respectivamente; já o Norte registrou queda de 12,1%. A faixa etária de 16 a 17 anos concentra mais da metade dos casos — 55,5% em 2024 — e exibe também aumento tanto em proporção quanto em jornada de trabalho.
As piores formas de trabalho infantil — aquelas que incluem risco à saúde ou segurança, jornada excessiva e condições degradantes — atingiram 560 mil crianças e adolescentes em 2024, o menor número da série histórica. Entre os beneficiários do Bolsa Família, o percentual de jovens em trabalho infantil também caiu mais acentuadamente ao longo dos últimos anos, embora ainda permaneça um pouco acima da média nacional.