O governo federal anunciou nesta quarta-feira (8) a conclusão da primeira fase do programa CEP para Todos, que garante um código de endereçamento postal a todas as favelas e comunidades urbanas do país. Ao todo, 12.348 territórios foram incluídos, beneficiando mais de 16 milhões de pessoas que passam, pela primeira vez, a ter um endereço formal.
A medida é resultado de uma parceria entre o Ministério das Cidades e os Correios. O objetivo é garantir que moradores de áreas antes consideradas “sem nome” tenham acesso a correspondências, entregas, serviços públicos e programas sociais. Antes da iniciativa, cerca de 280 mil domicílios não tinham registro de rua ou numeração, o que afetava cerca de 870 mil brasileiros.
O governo informou que o cronograma foi antecipado graças a mutirões de georreferenciamento realizados em 656 municípios. Em várias capitais e regiões metropolitanas, o processo incluiu o mapeamento detalhado de ruas, vielas e travessas. A próxima etapa prevê a instalação de unidades dos Correios em 100 comunidades e a criação de novos CEPs específicos para áreas recém-regularizadas.
Em estados como Pernambuco e Rio de Janeiro, o cadastramento já é total. Em outros, como São Paulo, Bahia e Pará, as equipes continuam atualizando dados e validando endereços junto às prefeituras e moradores.
Com o CEP formal, moradores de comunidades passam a ter acesso mais fácil a serviços essenciais, como saúde e educação, além de poderem abrir contas bancárias, receber encomendas e participar de programas habitacionais e sociais. O programa é considerado um marco no reconhecimento territorial e na inclusão cidadã das periferias brasileiras.
