O volume de serviços prestados no Brasil teve leve alta de 0,1% em maio de 2025, na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE. Mesmo com a variação modesta, o setor continua operando 11,1% acima do nível de fevereiro de 2020, período anterior à pandemia de Covid-19. Na comparação anual, em relação a maio de 2024, o avanço foi de 2,2%.
O resultado de maio sucede uma retração de 0,5% em abril, mostrando uma estabilidade no setor. No acumulado de 2025, os serviços cresceram 1,7%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve avanço de 1,5%, mantendo a trajetória de crescimento, embora em ritmo moderado.
Transportes puxam alta; turismo desacelera
Entre os cinco grandes segmentos pesquisados, o que mais contribuiu positivamente foi o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu 0,8% em maio, após queda de 1,3% no mês anterior. Já os serviços prestados às famílias, que incluem atividades de alimentação e hospedagem, recuaram 1,3%, interrompendo uma sequência de três meses de alta.
O indicador de atividades turísticas, que agrega serviços ligados ao setor, caiu 1,1% em maio, após alta de 2,2% em abril. No acumulado do ano, o turismo ainda apresenta crescimento de 3,4%.
Espírito Santo tem leve queda, mas mantém saldo positivo
No Espírito Santo, o volume de serviços caiu 0,4% em maio na comparação com abril, segundo a pesquisa regional do IBGE. Apesar da retração pontual, o estado acumula alta de 4,1% no ano e de 3,7% nos últimos 12 meses.
Entre os segmentos que mais influenciam o desempenho capixaba estão os serviços de transporte e os administrativos. No ranking nacional, o Espírito Santo ficou entre os 13 estados com retração no mês, enquanto 13 registraram crescimento e um ficou estável.
Resultados por estado
As maiores altas foram observadas em São Paulo (0,8%), Rio de Janeiro (1,5%) e Paraná (1,2%), que representam grande peso no indicador nacional. Já as quedas mais significativas ocorreram em Santa Catarina (-3,7%), Rio Grande do Sul (-1,7%) e Bahia (-2,3%), impactadas por fatores regionais e climáticos, como os efeitos das enchentes no Sul.
Contexto econômico
O setor de serviços responde por cerca de 70% do PIB brasileiro e seu desempenho é considerado um termômetro da atividade econômica. A estabilidade em maio ocorre em meio a um cenário de juros elevados e inflação sob controle, o que afeta o consumo das famílias e a demanda por serviços.
Segundo economistas ouvidos pela imprensa especializada, o resultado de maio reflete uma acomodação após meses de oscilação. A expectativa é de crescimento moderado ao longo do segundo semestre, influenciado pelas políticas monetárias e pelo ritmo da economia global.
