Reabertura da Igreja Matriz de São João Batista, em Muqui, marca vitória da preservação histórica

Imagem divulgação: Paróquia São João Batista, em Muqui/Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Após três meses de obras, templo tombado volta a receber fiéis com segurança e restauração completa.

A Igreja Matriz de São João Batista, no coração de Muqui (ES), foi reinaugurada no sábado (14 de junho) após três meses fechada para restauração. A intervenção emergencial foi motivada por cupins, infiltrações, rachaduras nas paredes e problemas na estrutura do teto que ameaçavam a integridade do edifício.

Com apoio técnico de arquiteta e engenheiro civil, mantida a rigorosa supervisão da Secretaria Municipal e Estadual de Cultura, sob anuência da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, o pároco padre Enildo Genésio de Souza relatou:

“Foram três meses de obra. Restauramos o telhado, o estuque, a escada e os lustres, que estavam condenados.”.

Durante esse período, as missas e atividades religiosas foram transferidas para local alternativo, garantindo que a vida comunitária não fosse interrompida. Na manhã do sábado, o templo foi oficialmente reaberto com missa presidida pelo próprio padre Enildo, com início previsto para 7h.

Localizada no centro histórico da cidade, a igreja é símbolo de memória e fé para Muqui. Seu interior abriga afrescos do artista Giuseppe Irlandi, altares em mármore de Carrara e vitrais significativos. Reconhecida como bem tombado, a Matriz recebe cuidados especiais por parte de órgãos municipais e estaduais.

Principais intervenções realizadas

  1. Estrutura e cobertura – Recuperação do telhado e reforço da estrutura interna, eliminando riscos de desabamento.
  2. Estuque e alvenaria – Tratamento de trincas e infiltrações que afetavam acabamento e segurança.
  3. Escada e luminárias – Revisão completa dos elementos históricos, garantindo estética e funcionalidade.
  4. Limpeza final e detalhes – Preparação meticulosa para reabertura, com higienização e retoques gerais.

Significado e perspectivas

A reabertura vai além do restauro físico. Conforme especialistas e líderes comunitários, o esforço expõe a necessidade de políticas públicas para manutenção de monumentos históricos — muitos sofrem com descaso e recursos escassos.

Esse caso reafirma a importância de união entre poder público, igreja e sociedade civil. Além de preservar o patrimônio, valorizam-se identidade, cultura e fé de gerações. A Diocese e a comunidade já planejam manutenção contínua, com vistorias e eventuais pequenos reparos, garantindo longevidade ao templo.

Com o reinício das celebrações, a Matriz retoma seu papel como ponto de encontro espiritual e cultural, atraindo tanto fiéis quanto visitantes interessados na arquitetura e história capixaba.