Procissão Marítima reúne 150 embarcações em homenagem a São Pedro na Baía de Vitória

Foto: Jansen Lube - Divulgação Ascom/PMV

Neste domingo vibrante, o mar de Vitória ganhou cores e fé ao ser tomado por uma impressionante procissão marítima. Dezenas de barcos ornamentados cruzaram a Baía em homenagem a São Pedro, padroeiro dos pescadores. Entre orações e bênçãos, houve emoção nestes três dias de celebração intensa. O evento uniu comunidade, turistas e autoridade, reforçando tradições centenárias com elegância. Ademais, a religiosidade se misturou à cultura local, deixando no ar uma atmosfera de renovação espiritual e comunhão.

Celebração centenária e símbolo de fé

A Festa de São Pedro, em sua 97ª edição, manteve a tradição iniciada há quase um século com o cortejo das embarcações, que partiu da Praça do Papa rumo à Ilha do Príncipe e retornou ao pier da Praia do Suá, sede da colônia de pescadores. Estiveram presentes cerca de 150 barcos enfeitados com flores e bandeirolas, carregando a imagem do santo em cortejo marítimo que emocionou moradores e visitantes.

Tradição, orações e bênçãos ao mar

O evento começou com missa na Paróquia de São Pedro, no Suá, seguida de procissão terrestre até a Praça do Papa. Após, o cortejo marítimo seguiu às 10h, com o benzimento dos anzóis realizado pelos párocos à beira-mar, abençoando o mar e os pescadores para garantir fartura e proteção. Esta prática remonta ao folclore local: lá na Praia do Suá, fundada originalmente por pescadores lusitanos, sempre se celebra São Pedro como guardião da comunidade marítima.

Vozes que ecoam a devoção

O presidente da Colônia de Pescadores, Álvaro “Alvinho” Martins, de 72 anos, destacou a importância da bênção: “trabalhar no mar é sair sem saber se vai voltar”. Já Carlos Alcides, com 40 anos de experiência, lembrou momentos de provação no mar: “a gente chama por todos os santos, mas São Pedro é o primeiro da lista”.

Prefeito destaca união cultural e econômica

O prefeito Lorenzo Pazolini, presente ao evento com sua esposa Paula, ressaltou que a Festa celebra arte, cultura, história e gastronomia marinha, além de fortalecer laços entre pescadores, turismo e capixabas. “Foi uma procissão abençoada”, declarou ele.

Comunidade ativa e voluntariado

Voluntários da paróquia, como Lilica e Maria Heloísa, levam mais de 20 e 35 anos dedicados à organização da festa. As barraquinhas de comidas típicas e a estrutura cultural — com quadrilha junina, barracas, shows gratuitos e food trucks — complementaram o evento entre os dias 27 e 29 de junho.