A nova tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) entrou em vigor nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, isentando do tributo quem recebe até R$ 3.036 por mês, o equivalente a dois salários mínimos. A medida, que já havia sido implementada em 2024, foi confirmada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu isentar do IR quem ganha até dois salários mínimos durante seu mandato.
O que mudou?
- A isenção do IRPF para quem ganha até R$ 3.036 por mês.
- A nova tabela será considerada na declaração do IRPF 2026, referente aos rendimentos de 2025.
- As mudanças afetam apenas as duas primeiras faixas de cobrança. As demais faixas da tabela progressiva permanecem inalteradas desde 2015.
Como fica para quem ganha acima de dois salários mínimos?
Quem recebe acima de R$ 3.036 por mês deverá pagar Imposto de Renda sobre os rendimentos, de acordo com as seguintes faixas:
| Base de Cálculo (R$) | Alíquota (%) |
|---|---|
| Até 2.428,80 | 0 |
| De 2.428,81 até 2.826,65 | 7,5 |
| De 2.826,66 até 3.751,05 | 15 |
| De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,5 |
| Acima de 4.664,68 | 27,5 |
Reforma da tabela do Imposto de Renda
O governo enviou ao Congresso um projeto de lei com a reforma da tabela do Imposto de Renda, que prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil. O projeto também propõe compensar a perda de arrecadação com a cobrança de alíquotas adicionais para quem ganha acima de R$ 600 mil. Caso seja aprovado, as novas regras podem valer a partir de 2026.
Salário mínimo
Em 2025, o salário mínimo foi estabelecido em R$ 1.518. A lei que alterou a metodologia de cálculo do salário mínimo determina que o aumento real considere, além da inflação, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores, com um limite de 2,5%. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil têm rendimento ligado ao salário mínimo.
Atraso na Medida Provisória
A Medida Provisória que atualizou o valor da isenção do Imposto de Renda foi publicada em abril, devido à demora do Congresso em aprovar o orçamento deste ano.
