Shankar, elefante africano macho de 29 anos, morreu no Zoológico Nacional de Delhi em 17 de setembro de 2025, por volta das 20h. Segundo os responsáveis do zoo, não havia sinais de doença até o dia anterior. Na manhã do dia 17, apresentou diminuição no apetite e diarreia leve, mas ainda se alimentava de frutas e ração. À noite, caiu em seu abrigo e, apesar dos esforços veterinários, não resistiu.
Shankar chegou à Índia em 1998, como presente diplomático do Zimbábue ao então presidente Shankar Dayal Sharma. Sua companheira morreu em 2005 e, desde então, ele viveu sozinho. Em 2012, foi segregado em recinto exclusivo, ficando em confinamento solitário por mais de uma década, em desacordo com diretrizes que proíbem manter elefantes isolados por mais de seis meses.
Nos últimos anos, ativistas pediam sua transferência para um santuário ou a chegada de uma parceira, mas custos, burocracia e entraves regulatórios impediram avanços. Shankar permaneceu sozinho até a morte, apesar de pressões internacionais para que o zoológico melhorasse suas condições.
Em 2024, a Associação Mundial de Zoológicos e Aquários suspendeu a filiação do zoo de Delhi devido às condições de Shankar, que chegou a ser mantido acorrentado. O governo prometeu melhorias e até buscou alternativas para trazer uma companheira, mas nada se concretizou.
Uma investigação foi aberta para apurar as causas da morte. O exame post-mortem será conduzido por especialistas, e amostras já foram coletadas para análise. O caso reacendeu críticas ao modelo de confinamento de animais sociais em zoológicos e pode abrir caminho para mudanças futuras na forma como elefantes são mantidos na Índia.
