O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante, todos os dias, cerca de 50 milhões de refeições a quase 40 milhões de estudantes da educação básica pública. A política busca integrar nutrição e aprendizagem, contribuindo para o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares desde a infância.
Durante a 2ª Cúpula Global da Coalizão para Alimentação Escolar, realizada em Fortaleza, a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, destacou que o Brasil é referência internacional no tema. Segundo ela, a meta global é assegurar que 724 milhões de crianças tenham acesso a pelo menos uma refeição saudável por dia até 2030.
O encontro apresentou o relatório “O Estado da Alimentação Escolar 2024”, que apontou crescimento no atendimento mundial. Atualmente, 466 milhões de crianças recebem refeições nas escolas, 80 milhões a mais do que quatro anos atrás. A maior parte desse avanço ocorreu em países de baixa renda, especialmente na África.
O Brasil lidera a iniciativa ao lado de França e Finlândia. A cúpula reuniu delegações de 80 países, com a presença de representantes do governo brasileiro, como o ministro da Educação, Camilo Santana, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
O financiamento do PNAE é feito pelo FNDE, que repassa recursos em até dez parcelas anuais a estados e municípios. Pelo menos 30% do orçamento deve ser destinado à compra de alimentos da agricultura familiar, garantindo a ligação entre produção local e merenda escolar.
