O mercado financeiro revisou nesta segunda-feira (20) a previsão de inflação para 2025 e agora projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano em 4,70%, ante 4,72% da estimativa anterior. Apesar da leve redução, o índice segue acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central.
Para os próximos anos, o mercado também fez pequenos ajustes: a inflação esperada para 2026 caiu de 4,28% para 4,27%, enquanto as projeções para 2027 e 2028 ficaram em 3,83% e 3,60%, respectivamente. A leitura é de que o cenário de preços estável e a desaceleração do consumo podem contribuir para o controle gradual da inflação, mesmo com pressões pontuais em energia e alimentos.
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 subiu para 2,17%, levemente acima da estimativa anterior. Para 2026, a projeção continua em 1,80%. O desempenho da economia tem sido sustentado pela retomada do setor de serviços e pelo avanço da indústria, embora o consumo das famílias ainda enfrente juros altos e crédito restrito.
Em relação à taxa Selic, o mercado manteve a previsão de 15% ao ano no fim de 2025, com redução esperada para 12,25% em 2026. O Banco Central deve seguir cauteloso diante das incertezas fiscais e da volatilidade internacional, avaliando o momento ideal para iniciar um ciclo de cortes.
O recuo nas projeções vem em um contexto de inflação acumulada em 12 meses próxima de 5,2%, impactada pela alta da conta de luz e dos combustíveis. Mesmo com a leve melhora nas expectativas, especialistas apontam que o desafio será manter a trajetória de queda dos preços sem comprometer a atividade econômica.
