
O mês de junho marca, mais uma vez, a campanha Junho Vermelho, voltada para a doação voluntária de sangue em todo o Brasil. A ação, que coincide com o Dia Mundial do Doador de Sangue (14 de junho), vem se tornando essencial para enfrentar a queda nos estoques dos hemocentros durante o inverno — período historicamente de baixa adesão.
Hemocentros de diversos estados vêm promovendo eventos especiais para atrair doadores. Em Brasília, por exemplo, o Hemocentro da capital montou estrutura especial para acolher doadores com conforto e segurança. A reportagem do R7 detalha ainda o percurso do sangue desde a coleta até a transfusão, desmistificando o processo e ressaltando a seriedade envolvida em cada etapa.
Especialistas informam que em menos de uma hora é possível fazer uma doação que poderá beneficiar até quatro pacientes em situação crítica. Empresas públicas aderiram à mobilização, promovendo campanhas internas entre servidores e alertando sobre a importância do engajamento coletivo.
Além dos hemocentros, influenciadores e profissionais da saúde vêm utilizando as redes sociais, como o Instagram, para ampliar o alcance da mensagem. Vídeos informativos mostram que o procedimento é seguro, rápido e pode ser repetido com regularidade — homens podem doar a cada dois meses, e mulheres, a cada três.
Como doar
Para doar sangue é necessário:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade com autorização);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar bem de saúde e alimentado (evitando alimentos gordurosos antes da doação);
- Levar documento com foto.
Não podem doar pessoas com gripe, febre, anemias severas, hepatites B ou C, ou que tenham feito tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses, entre outros critérios de exclusão médica.
Estoques ainda são baixos
Segundo especialistas, os bancos de sangue operam abaixo da capacidade ideal em mais da metade das capitais brasileiras. A pandemia agravou a situação, e os reflexos ainda são sentidos em 2025. A doação regular — e não apenas em campanhas — é o que garante que o sistema esteja preparado para emergências.
Um ato de empatia contínuo
Ao destacar histórias reais de pacientes que dependem de transfusões frequentes, como pessoas com leucemia, talassemia ou que sofreram acidentes graves, a campanha busca sensibilizar a população. Mais que um gesto simbólico, doar sangue é um compromisso com a vida do próximo — um ato de cidadania e humanidade.