
A Câmara Alta do Parlamento holandês confirmou, por ampla maioria, a proibição ao uso de fogos de artifício por pessoas físicas na virada do ano de 2026 para 2027 . A medida já havia sido aprovada pela Câmara Baixa, encerrando um debate que se arrasta há anos.
A justificativa principal são os frequentes casos de violência contra profissionais de emergência — policiais, bombeiros e equipes de socorro — que, nas últimas noites de Ano‑Novo, foram alvo de fogos lançados com o propósito de ferir . Além disso, registros incluem incêndios causados por explosões e vítimas fatais por manuseio inadequado .
Dados de junho de 2025 mostram que 75% das autoridades municipais apoiam a proibição nacional, em contraste ao mosaico de leis locais até então vigentes. Recentes pesquisas de opinião indicam que mais de 60% da população é favorável ao banimento.
O governo informou que ainda é necessário regulamentar detalhes, como normas para que prefeituras conduzam eventos com fogos oficiais, e que faltam condições administrativas para aplicar o veto já neste ano — o que mantém o uso permitido na virada de 2025 .
A iniciativa foi liderada por parlamentares que reivindicam há mais de duas décadas uma virada de ano com menor risco a pessoas, animais e ao patrimônio.
Enquanto isso, fogos continuam permitidos em eventos públicos municipais — desde que aprovados por regulamento —, e a restrição ao comércio seguirá em vigor. Apesar disso, muitos holandeses adquirem fogos em países vizinhos, como Bélgica e Alemanha .
A discussão se estende pela Europa. No Brasil e na Alemanha, cresce o debate sobre regulamentações semelhantes. No país germânico, por exemplo, sindicatos da polícia e ambientalistas têm cobrado medidas mais rígidas .