
A sensação angustiante de arrastar uma navalha pela garganta pode ser sinal de infecção por COVID‑19. Esse sintoma, descrito por muitos como “garganta de gilete”, ressurge em surtos recentes e preocupa, ainda que não seja exclusividade de novas cepas. Contudo, especialistas garantem: é só mais uma apresentação comum da doença, com diagnóstico, hidratação e tratamento adequados fazendo toda a diferença. Então, se a dor bate forte, a melhor vacina continua sendo a prevenção, via testagem, imunização e cuidados gerais.
O que é a “garganta de gilete”?
Pacientes relatam dor intensa ao engolir, comparando a sensação a lâminas raspando a mucosa. Isso tem sido amplamente compartilhado, principalmente na China, e buscado nas redes sociais com termos como “COVID razor throat”.
É um sintoma novo ou mais severo?
Não. Infectologistas afirmam que dores de garganta fortes sempre acompanharam infecções por COVID‑19, incluindo variantes Ômicron . Segundo Dr. William Schaffner, da Universidade Vanderbilt, não existe um sintoma exclusivo ou mais agressivo com novas variantes.
Fisiologia: por que dói tanto?
O vírus invade o trato respiratório superior, inflama a faringe e, muitas vezes, causa catarro que irrita a garganta — processo conhecido como drenagem pós-nasal. Essa irritação crônica sentado com o ar seco ou por respiração oral intensifica a dor .
Como diferenciar COVID de resfriado ou faringite?
O sintoma por si só não é diagnóstico confiável — febre, tosse, perda de olfato/paladar ainda são mais característicos . Testes PCR continuam sendo o padrão-ouro. Já a faringite bacteriana pode exigir antibióticos, enquanto os casos virais tendem a melhorar com repouso e remédio caseiro .
Duração e evolução
Normalmente, a dor atinge pico nos primeiros dias e melhora dentro de uma semana. Se persistir, pode ser sinal de COVID longa — aí, atenção médica é recomendada .
Orientações práticas
Medida | Por que fazer |
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Teste PCR ou antígeno | Confirmação da infecção e indicação de tratamento precoce |
Hidratação, chás e gargarejos | Alívio sintomático e lubrificação da mucosa |
Analgésicos (paracetamol, ibuprofeno) | Reduzem inflamação e dor |
Pastilhas com anestésico/anti‑inflamatório | Alívio adicional rápido |
Medidas preventivas: máscara, higiene, ventilação | Reduz risco de contágio e outras infecções |
Vacinação anual para grupos de risco | Reforço de imunidade e redução de internações |
Quando procurar um médico?
Procure ajuda imediata se houver:
- dificuldade para respirar;
- febre acima de 38,5 °C com dor de garganta;
- dor intensa ao engolir;
- sintomas durando mais de uma semana.