Espírito Santo se prepara para risco de intoxicação por metanol

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O aumento das buscas por “intoxicação por metanol” nas últimas 12 horas colocou o Espírito Santo em estado de alerta, embora o Estado ainda não tenha registrado casos confirmados. A movimentação ocorre após o Ministério da Saúde anunciar a compra de milhares de doses dos antídotos fomepizol e etanol farmacêutico, usados no tratamento de intoxicações graves. A medida foi tomada diante do crescimento de notificações em outras regiões do país, o que acendeu o sinal de alerta nas secretarias estaduais e municipais de saúde.

No Espírito Santo, o Procon-ES e a Vigilância Sanitária reforçaram as orientações a consumidores e comerciantes. O órgão estadual divulgou nota técnica pedindo que bares, restaurantes e distribuidoras verifiquem a procedência das bebidas e denunciem produtos suspeitos. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox-ES) também emitiu comunicado com sinais de alerta, como visão turva, náuseas, dor de cabeça intensa e confusão mental, pedindo que qualquer pessoa com sintomas procure atendimento médico imediato.

A principal preocupação é com a venda de bebidas clandestinas que substituem o etanol por metanol — substância altamente tóxica e de baixo custo —, utilizada ilegalmente na adulteração de destilados. Em várias partes do país, lotes falsificados foram apreendidos nas últimas semanas, e as investigações apontam redes de distribuição irregulares. O Espírito Santo, por enquanto, não aparece entre os estados com ocorrências, mas a fiscalização foi intensificada para evitar que produtos adulterados cheguem ao mercado local.

Segundo o Ministério da Saúde, as novas remessas de antídotos visam garantir atendimento rápido em todo o território nacional, inclusive em casos emergenciais no Espírito Santo. O órgão informou que as primeiras unidades já estão sendo distribuídas e que manterá estoques estratégicos nos hospitais de referência. A compra preventiva dos medicamentos amplia a capacidade de resposta do SUS em possíveis surtos regionais.

Mesmo sem casos confirmados, as autoridades capixabas pedem cautela à população. A orientação é não consumir bebidas de origem duvidosa, conferir lacres e rótulos, e sempre exigir nota fiscal. Em caso de suspeita, o consumidor deve acionar o Procon-ES, a Vigilância Sanitária ou a Polícia Civil. A mobilização preventiva, segundo especialistas, é essencial para evitar que um problema nacional se torne uma emergência de saúde pública no Estado.