
O Espírito Santo registrou as primeiras mortes por dengue e febre do Oropouche em 2025, acendendo um alerta sobre a circulação de arboviroses no estado. As vítimas, ambas com comorbidades, eram residentes de Anchieta e Colatina. Apesar do período de menor incidência, os casos reforçam a necessidade de vigilância contínua. Autoridades de saúde enfatizam a importância de medidas preventivas e diagnóstico precoce. A população é orientada a manter cuidados para evitar a proliferação dos vetores.
Primeiras mortes por dengue e Oropouche em 2025 no Espírito Santo
A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmou, nesta terça-feira (20), as primeiras mortes por dengue e febre do Oropouche em 2025.
A vítima da dengue era um homem de 69 anos, residente de Anchieta, no Sul do estado. Com histórico de diabetes, ele apresentou sintomas como febre, cefaleia, mialgia, dor retro-orbital e náusea após retornar de uma viagem ao Rio de Janeiro. Quatro dias após o início dos sintomas, o paciente evoluiu com sinais de gravidade, incluindo dor abdominal intensa e desconforto respiratório, vindo a óbito em 19 de abril. O diagnóstico foi confirmado por exame de RT-PCR realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) .
Já o caso de febre do Oropouche envolveu um homem de 52 anos, morador de Colatina, no Noroeste capixaba. Com histórico de hipertensão e cardiopatia, ele faleceu em 16 de janeiro. A infecção pelo vírus Oropouche foi confirmada por exame de RT-PCR. Este é o segundo óbito registrado no estado desde o surgimento dos casos em 2024.
Dados epidemiológicos preocupam autoridades
De acordo com a Sesa, nos últimos 30 dias, o Espírito Santo notificou 6.515 casos de dengue, sendo 1.818 confirmados. Desses, 38 eram casos graves ou com sinais de alarme. No acumulado do ano, já são 60.792 casos notificados e 17.698 confirmados, com 354 casos graves ou com sinais de alarme e uma morte, resultando em uma taxa de letalidade de 0,29%.
Em relação à febre do Oropouche, o estado contabiliza 6.524 casos confirmados em 2025, com uma taxa de letalidade de 0,01%. Os primeiros casos da doença foram detectados em abril de 2024, e o primeiro óbito foi confirmado em dezembro do mesmo ano.
Autoridades reforçam medidas preventivas
O subsecretário de Estado da Saúde, Orlei Cardoso, destacou a importância da vigilância contínua, mesmo em períodos considerados de menor incidência. “Mesmo estando em período considerado frio e de redução de casos, não podemos abaixar a guarda em relação ao Aedes aegypti”, afirmou.
A Sesa orienta a população a adotar medidas preventivas, como eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e procurar atendimento médico ao apresentar sintomas compatíveis com as doenças. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações.