Desemprego fica em 5,6% em agosto e iguala menor taxa da série histórica

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, repetindo o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o indicador manteve a trajetória de estabilidade em patamares baixos, após ter atingido este mesmo recorde no período móvel anterior.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o país tem atualmente 6,3 milhões de pessoas em busca de trabalho. Em um ano, a população desocupada recuou 8,7%, o que representa 598 mil pessoas a menos. Paralelamente, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde, chegando a 37,8 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho mostra força com recorde de empregados com carteira

O mercado de trabalho formal continua a ser o principal motor da geração de empregos. O contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 2,7% no trimestre até agosto, em comparação com o anterior, e 4,5% frente ao mesmo período de 2024. Esse é o maior número já registrado para essa categoria desde o início da série histórica.

Por outro lado, a população ocupada total chegou a 106,1 milhões de pessoas, uma ligeira alta de 0,4% em relação ao trimestre anterior. A massa de renda real habitual paga aos trabalhadores foi estimada em R$ 303,4 bilhões, valor estável frente ao trimestre anterior, mas 4,4% superior ao mesmo trimestre de 2024.

Estabilidade sinaliza cenário positivo, mas desafios permanecem

A consolidação da taxa de desemprego em seu menor nível histórico reflete a resiliência do mercado de trabalho brasileiro. No entanto, especialistas apontam que, para avanços mais significativos, são necessários ganhos de produtividade e um ritmo mais robusto de crescimento econômico. A estabilidade nos indicadores sugere um cenário maduro, com desafios focados na qualidade dos empregos e nos rendimentos.