Crise alimentar global atinge recorde: quase 300 milhões em insegurança aguda

Do Sofrimento à Chocante Realidade: neste instante, milhões lutam pela próxima refeição. Carros de guerra e pobreza se aliam à falta de infraestrutura, fazendo da fome um problema crescente. De fato, a insegurança alimentar aguda alcançou 295 milhões de pessoas em 2024, segundo a ONU. Aumento contínuo pelo sexto ano seguido expõe fragilidades em 53 países. Urge ação global coordenada — humanitária e sustentável — para evitar que agravamentos sejam irreversíveis.

O Crescendo da Crise Global

O Global Report on Food Crises 2025, elaborado por FAO, PMA, Unicef, Ifad, Banco Mundial e Acnur, revela que 295,3 milhões de pessoas enfrentaram fome aguda em 2024. Isso representa um acréscimo de quase 14 milhões comparado a 2023. A prevalência subiu de 21,5% para 22,6% da população monitorada.

Fome Extrema: um Alerta Vermelho

A Fase 5 do IPC (crise catastrófica) mais que dobrou de 2023 a 2024, concentrando-se principalmente no Sudão e na Faixa de Gaza — mas também presente no Sudão do Sul, Haiti e Mali. No Sudão, a ONU confirmou fome em Darfur do Norte em julho de 2024, com projeções indicando expansão até maio de 2025.

Faixa de Gaza: fome como estratégia

Na Faixa de Gaza, o bloqueio e ataques destruíram fornecimento essencial, com 100% da população em insegurança, 50% em emergência e 25% enfrentando catástrofe alimentar pt.wikipedia.org. ONU e especialistas classificam isso como “fome induzida intencionalmente”.

Conflitos, Mudanças Climáticas e Cortes

A insegurança alimentar foi exacerbada por conflitos, crises climáticas e choques econômicos . Conforme alerta do secretário-geral António Guterres, os cortes de financiamento humanitário tornam a situação ainda mais dramática.

Quem Paga a Conta? Crianças e Mulheres

Quase 38 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem desnutrição grave, especialmente em Sudão, Iêmen, Mali e Gaza. Mulheres e crianças são as mais vulneráveis nos países em crise.

Reações e Caminhos para a Solução

Guterres afirmou que “a fome é falência da humanidade”. Relatórios defendem ações integradas: distribuição emergencial aliada ao fortalecimento de sistemas agrícolas locais . Parcerias precisam promover paz, resiliência climática e financiamento sustentável.

Este diagnóstico é também um grito: se nada for revertido, a continuidade da crise — já em sexto ano — ameaçará metas do ODS e ceifará milhões de vidas. A chave está em unir respostas humanitárias imediatas a estratégias de longo prazo, assegurando dinheiro, paz e justiça alimentar.