Como lidar com as dores da vida moderna?

Imagem de VSRao por Pixabay

“Tudo começa na nossa mente. Na verdade, nosso sistema inteiro de saúde está condicionado pelo que acreditamos ser bom/bonito/necessário”. A frase é do fisioterapeuta Sérgio Bastos Jr, que trabalha com saúde integrativa na BioIntegral Saúde e Desenvolvimento Humano, e ajuda seus pacientes e entender as causas primárias de dores e doenças, a se livrar de crenças limitantes e a construir uma rotina mais saudável. Segundo ele, essas crenças podem, também, não ser genuinamente nossas, mas geradas pelo senso comum, pelos códigos familiares e sociais em que estamos inseridos: “então, pensamos, por exemplo, que estar ocupados o tempo todo é sinal de produtividade. E adoecemos por isso. E será que essa é mesmo uma verdade?”, pondera.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Correria, tarefas demais, trânsito, necessidades “criadas”, a vida moderna nos bombardeia com uma quantidade sem fim de sistemas estressantes. Resultado? Ansiedade, insônia, síndromes, medicamentos anestesiantes e a busca de fórmulas milagrosas para viver melhor. Elas não existem, mas existe algo chamado mudança de comportamento. Segundo o fisioterapeuta Sérgio Bastos Jr, que trabalha com saúde integrativa, o melhor é começar já, pelo seu próprio bem.

Assim como a questão de uma agenda super atribulada, existem outros fatores conectados à modernidade, como estar conectados o tempo todo, estar sempre disponíveis, manter a casa, o corpo, a vida em ordem, praticar exercícios, acordar cedo, dormir tarde, acompanhar as séries do momento, estar por dentro das últimas novidades, ter um carro do ano, o último modelo de celular e um computador turbinado. Só para fazer uma lista básica.

“E aí, nós perguntamos: o quê, de tudo isso, faz realmente sentido para você?”, lembra o fisioterapeuta, que segue: “será que é tudo realmente necessário, ou será que vamos adquirindo conceitos, aceitando necessidades, comprando, literalmente, saúde empacotada (de alimentos a medicamentos), sem pensar em quem somos, o que desejamos genuinamente e o quê, disso tudo, nos faz sentir felizes?”.

Sérgio explica que, na verdade, muitos sentimentos podem ser confundidos com infelicidade e vice-versa: “nos sentimos, muitas vezes, tão cansados que podemos parecer, para nós mesmos, como infelizes. Ou então, estamos vivendo tão no piloto automático, sem ouvir e preencher nossos sonhos e desejos, que entramos em uma apatia perante o que nos acontece de bom”, enfatiza.

O fisioterapeuta segue: “posso apostar que existem situações boas no seu dia, talvez você esteja tão anestesiado que não esteja conseguindo ver. E aí, qual é a saída? Tudo precisa começar pela sua vontade. Quer mudar? Aí, sim, é possível encontrar várias ferramentas. Desde as mais simples, como diminuir a lista de coisas a fazer no seu dia, na medida do possível, verificando o que é desnecessário ou pode esperar, ser grato pelo que você já tem e é, e buscar pessoas positivas para conviver, até algumas mais complexas, que podem investigar se você tem traumas ou crenças que ajudem nesse processo de se exigir demais e de se colocar em uma posição sacrificante. Aí, entram a Microfisioterapia, o PSYCH-K® e outras técnicas que uso e que podem ajudar muito no seu processo de ser mais feliz”, explica ele.