Cafeicultores capixabas conquistam 11 das 15 melhores posições no Coffee of the Year 2025

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O Espírito Santo consolidou sua presença entre os principais produtores de cafés especiais do país ao conquistar 11 das 15 colocações no Coffee of the Year 2025, premiação realizada durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte. O resultado é considerado um dos mais expressivos já registrados pelo estado no evento, que é referência no mercado nacional de qualidade e rastreabilidade do grão.

Os cafés premiados pertencem a municípios tradicionais na produção de arábica e conilon, entre eles Venda Nova do Imigrante, Brejetuba, Afonso Cláudio, Domingos Martins, Ibitirama e São Gabriel da Palha. A diversidade de altitudes, solos e microclimas contribuiu para lotes com perfis sensoriais distintos, avaliados por especialistas ao longo de seletivas regionais e degustações cegas. A participação de cooperativas e pequenos produtores também teve peso decisivo na formação do conjunto final de amostras classificadas.

O reconhecimento ocorre em um momento em que o mercado de cafés especiais segue em ampliação no Brasil, impulsionado por torrefações artesanais e aumento na demanda por bebidas com origem certificada. Segundo técnicos do Centro do Comércio de Café de Vitória e entidades de assistência rural, a evolução da qualidade no Espírito Santo é resultado de investimentos contínuos em manejo, secagem controlada pós-colheita e capacitações sobre avaliação sensorial.

Além da visibilidade nacional, a premiação pode ampliar a inserção dos cafés capixabas no mercado externo. Negociadores consultados pelo setor explicam que certificações e resultados em concursos servem como referência para compradores internacionais interessados em rastreabilidade e consistência na produção. Dessa forma, o desempenho deste ano tende a reforçar a imagem do estado como polo produtor de cafés competitivos para exportação.

O próximo passo para produtores e cooperativas será transformar o destaque em novas oportunidades comerciais, com participação em feiras e aproximação com torrefações que buscam lotes exclusivos. O setor espera que o resultado incentive a permanência de jovens no campo e fortaleça práticas sustentáveis nas propriedades.