
Preços recordes compensam volume menor, mas desafios logísticos e competitividade preocupam o setor.
Em fevereiro de 2025, o Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café, um volume 10,4% menor que no mesmo mês do ano anterior. Contudo, a receita gerada pelas exportações atingiu um recorde para o mês, somando US$ 1,19 bilhão, impulsionada pelos altos preços do café no mercado internacional. Assim, o país compensou a queda no volume com o aumento da receita.
Entressafra e competitividade: desafios à vista
O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, alerta que o Brasil está em período de entressafra, o que torna os preços do café brasileiro menos competitivos em relação a outros países produtores. Além disso, Ferreira menciona a possibilidade de uma redução no consumo global de café, devido aos altos preços repassados aos consumidores.
Desafios logísticos e financeiros
Os desafios logísticos e financeiros também preocupam o setor. Nesse sentido, Ferreira destaca os gargalos na infraestrutura portuária brasileira, que causam atrasos e aumentam os custos de exportação. E a redução de linhas de crédito que têm dificultado o fluxo de comércio.
O futuro do café brasileiro
Contudo, Ferreira mantém o otimismo em relação ao futuro do café brasileiro. Ele acredita que, após o período de inverno, com a volta das chuvas e uma boa florada, o país poderá recuperar a produção e manter sua posição como maior produtor e exportador global de café.
Destaques do bimestre
- EUA: principal destino do café brasileiro, com 1,2 milhão de sacas importadas.
- Café arábica: principal tipo de café exportado, com 6 milhões de sacas.
- Cafés diferenciados: respondem por 24,8% das exportações, com receita de US$ 717,7 milhões.
- Porto de Santos: principal porto exportador de café do Brasil.