Brasília inicia reforma da Praça dos Três Poderes com foco em acessibilidade e preservação histórica

A icônica Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), passará por uma ampla reforma estrutural e paisagística a partir do segundo semestre de 2025. O anúncio foi feito pelo Governo Federal em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Governo do Distrito Federal (GDF).

O projeto visa revitalizar um dos principais símbolos da capital federal, onde estão localizados os prédios que abrigam o Executivo, o Legislativo e o Judiciário: o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

O que será feito na reforma

A proposta inclui a recuperação do piso de pedra portuguesa, ampliação das áreas de circulação de pedestres, instalação de iluminação cênica de LED e requalificação do mobiliário urbano. Também será criado um novo centro de informações turísticas com acessibilidade plena e espaços interativos sobre a história de Brasília.

Segundo o Ministério da Cultura, a obra terá investimento estimado em R$ 45 milhões, com previsão de conclusão em até 18 meses.

Preservação da arquitetura original

Um dos grandes desafios da reforma será manter intactas as características originais concebidas pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa. O projeto foi submetido ao crivo do Iphan, que determinou diretrizes rígidas para garantir que os elementos simbólicos e modernistas da praça sejam preservados.

“Estamos diante de um patrimônio que é ícone da arquitetura e da democracia. A intervenção será criteriosa, respeitando cada linha traçada por Niemeyer”, afirmou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Segurança e turismo em pauta

Além de modernizar a infraestrutura, a reforma busca ampliar a segurança e a experiência dos milhares de visitantes que passam pela praça todos os meses. Haverá reforço na vigilância eletrônica e integração com o sistema de monitoramento urbano do DF.

A Praça dos Três Poderes também ganhará novas sinalizações bilíngues, totens interativos e rotas acessíveis para pessoas com deficiência, incentivando ainda mais o turismo cívico na capital.

Impacto simbólico

Considerada um marco do modernismo brasileiro e da institucionalidade democrática, a praça tem um forte apelo simbólico, especialmente em um momento de reconstrução da confiança nas instituições públicas.

A reforma é vista por especialistas como um gesto de valorização da memória nacional e um investimento em cidadania.