Brasil Soberano no 7 de Setembro: Lula aposta em patriotismo, mascotes ambientais e legado popular

No domingo, 7 de setembro de 2025, Brasília se vestiu de verde e amarelo para celebrar os 203 anos da Independência sob o lema “Brasil Soberano”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfilou na Esplanada dos Ministérios, ao lado de autoridades e da primeira-dama, reforçando mensagens de patriotismo e valorização nacional. O evento contou com personagens simbólicos como Curupira, Zé Gotinha e Labareda, que aproximaram a agenda ambiental e de saúde pública da festa cívica. Jovens carregando mudas de árvores também participaram, trazendo à cena o futuro sustentável do país. Enquanto isso, atos paralelos em diferentes cidades refletiram a pluralidade política do momento.

O Desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro em Brasília reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios em uma celebração marcada pela mistura de tradição e inovação. O evento foi dividido em três eixos: “Brasil dos Brasileiros”, “COP30” e “Brasil do Futuro”, destacando a importância da soberania nacional, da preservação ambiental e do investimento no desenvolvimento social e econômico.

Na véspera, em pronunciamento oficial, Lula destacou que a independência do Brasil é um símbolo de autonomia e que “o país tem um único dono: o povo brasileiro”. Durante o desfile, o presidente participou sem discursar, acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros e outras autoridades. A ausência dos ministros do Supremo Tribunal Federal chamou atenção, apesar dos convites feitos pelo governo.

As arquibancadas vibraram com a diversidade das atrações. Uma bandeira gigante de 140 m² percorreu a avenida, seguida por formações militares tradicionais, veículos blindados e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Estudantes e trabalhadores também desfilaram, levando uma faixa com os dizeres “O Maior PAC da História”, em referência às obras em andamento no país. A banda Neojibá, formada por jovens em situação de vulnerabilidade, foi outro destaque da programação.

O simbolismo ganhou força com a participação de personagens conhecidos e novos. O Curupira, mascote da COP30, representou a proteção da floresta, enquanto o tamanduá Labareda lembrou a importância do manejo do fogo. Já o eterno Zé Gotinha levou a mensagem da vacinação, reforçando o valor da saúde pública. Jovens desfilaram carregando mudas de árvores nativas, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.

Famílias inteiras acompanharam o desfile, muitas usando bonés com a inscrição “Brasil Soberano”. Para os presentes, a celebração foi mais do que um ato cívico: foi um lembrete da importância de reafirmar a independência, a cultura e a identidade brasileira.

Fora de Brasília, a data também foi marcada por manifestações. Em São Paulo, movimentos progressistas exibiram uma bandeira nacional gigante, em gesto simbólico de resgate do verde e amarelo. Já em Copacabana e na Avenida Paulista, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pediram anistia aos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro e entoaram palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal.

Assim, o 7 de Setembro de 2025 mostrou um país em festa, mas também em debate. Entre desfiles oficiais e atos paralelos, a data reafirmou tanto o sentimento de pertencimento nacional quanto as tensões que atravessam a política brasileira.