Brasil registra criação de 147,3 mil empregos formais em agosto, mas avanço desacelera diante de cenário econômico

Em agosto de 2025, o Brasil gerou 147.358 empregos com carteira assinada, segundo o Novo Caged. O número é superior ao saldo de julho, mas representa a pior marca para o mês de agosto desde 2020, quando foi adotada a metodologia atual.

De janeiro a agosto, foram criadas 1,5 milhão de vagas formais, um crescimento de 3,18% em relação ao estoque de dezembro de 2024. No acumulado de 12 meses, o saldo é de 1,43 milhão de empregos, queda em comparação com o mesmo período anterior.

Quatro dos cinco grandes setores tiveram desempenho positivo no mês: Serviços liderou com 81.002 vagas, seguido por Comércio (+32.612), Indústria (+19.098) e Construção (+17.328). Já a Agropecuária encerrou 2.665 postos. Regionalmente, 25 dos 27 estados tiveram saldo positivo, com destaque para São Paulo (+45.450), Rio de Janeiro (+16.128) e Pernambuco (+12.692). Proporcionalmente, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco foram os que mais cresceram.

No recorte por gênero, as mulheres ocuparam mais vagas em agosto: 77.560 contra 69.798 para os homens. O salário médio real de admissão foi de R$ 2.295,01, uma alta de 0,56% em relação a julho.

Apesar do saldo positivo, os analistas apontam sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. A criação de vagas em agosto caiu quase 40% na comparação com o mesmo mês de 2024, reflexo da pressão dos juros altos e do aumento dos custos das empresas.