Em 2024, a produção de resina plástica reciclada pós-consumo no Brasil chegou a 1,012 milhão de toneladas. O crescimento foi de 7,8% em relação a 2023.
O faturamento do setor alcançou R$ 4 bilhões, alta de 5,8% no período. Foram gerados mais de 20 mil novos empregos diretos. A capacidade instalada das recicladoras subiu 1,9% e chegou a 2,43 milhões de toneladas.
O preço médio do plástico reciclado caiu 1,1% em 2024. A competição com a resina virgem segue como um dos principais desafios do setor.
Consumo por setores
A indústria de alimentos e bebidas foi a maior compradora de plástico reciclado, com 167 mil toneladas. O setor de higiene e limpeza consumiu 132 mil toneladas. A agroindústria registrou crescimento de 35%, com 92 mil toneladas. A construção civil manteve participação relevante, com 130 mil toneladas.
O perfil de consumo mudou nos últimos anos. Antes concentrado na construção civil, hoje o uso é puxado por embalagens para consumo direto.
Produção por regiões
O Sudeste lidera, com 559 mil toneladas produzidas. O Sul aparece em segundo, com 266 mil toneladas. O Nordeste cresceu 16,6% e chegou a 139 mil toneladas.
No total, o país gerou 4,82 milhões de toneladas de resíduos plásticos pós-consumo em 2024. Desse volume, 1,55 milhão de toneladas foi reciclado.
Índices de reciclagem
O índice de reciclagem de embalagens plásticas foi de 24,4%. O índice geral para todos os plásticos ficou em 21%. Ambos seguem abaixo dos picos de 2022.
Principais fornecedores
A maior parte da matéria-prima veio de comerciantes de resíduos, com um terço do total. As aparas industriais responderam por 23%. Empresas de gestão de resíduos, beneficiadores e cooperativas completam a lista. A participação dos catadores informais foi de apenas 0,5%.
Desafios e perspectivas
O setor enfrenta dificuldades com a coleta, a logística e o baixo valor pago pelo material reciclado. A concorrência com a resina virgem limita os ganhos.
Há expectativa de novas medidas de estímulo, incluindo decretos em preparação pelo governo federal. O crescimento de 2024 mostra recuperação, mas os índices ainda estão distantes dos melhores resultados já registrados.
