
O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, defendeu nesta segunda (13), em Vitória (ES), a necessidade de maior integração entre os órgãos federais e estaduais para que o Estado possa enfrentar as organizações criminosas e melhorar a segurança pública.
“Estamos começando um trabalho conjunto que será de muita valia para a população”, disse Segóvia, em entrevista ao lado do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). “É um novo momento da administração da Polícia Federal e sei da grandiosidade do trabalho que vai ter que ser feito”, disse.
Nomeado diretor-geral pelo presidente Michel Temer na semana passada, Segóvia só deve tomar posse à frente da PF nos próximos dias. Mesmo assim, desde a semana passada, vem participando de reuniões para compor sua futura equipe. Hoje, esteve em Vitória para oficializar o convite para o atual secretário estadual de Controle e Transparência, Eugênio Ricas, assumir a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF – divisão responsável por comandar as operações criminais da corporação, incluindo a Lava Jato.
“Vim ao Espírito Santo para agradecer ao governador pela liberação do secretário e para estender uma política do governo federal, que é a de integração com as secretarias de segurança pública de todo o país”, afirmou Segóvia.
De acordo com ele, os problemas não se restringem apenas à corrupção, mas à violência e a crimes cometidos nos estados. “O mais importante para a solução será a parceria, a integração. Tanto da Polícia Federal com o Ministério Público Federal, quanto também integrando as secretarias de segurança pública e os ministérios públicos estaduais e todos os órgãos que tem a função de coibir o crime no país”, acrescentou o novo diretor-geral da PF.
Corrupção
O novo diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (PF) Eugênio Ricas, que comandará todas as operações federais no Brasil, entre elas a Lava Jato, prometeu ampliar o combate à corrupção, ao tráfico de drogas e ao tráfico de armas.
“A prevenção é um dos caminhos para se combater a corrupção. Por isso, fomentamos a transparência e melhoramos o controle interno aqui no estado. Agora chega o momento e trabalhar em outra área. É uma missão que será a mais desafiadora da minha vida. Todos sabemos o momento que o país vive. O desafio é fazer com que a Polícia Federal continue atuando de forma responsável, ampliando as ações de combate a corrupção, de combate ao tráfico de drogas e ao tráfico de armas. A questão da segurança pública é uma questão que junto a corrupção tem afligido a família brasileira”. Confira a entrevista com Eugênio Ricas:
Novo chefe da Lava Jato promete ampliar combate à corrupção, ao tráfico de drogas e armas
Na cúpula da PF, Ricas vai substituir o atual diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Maurício Leite Valeixo, que foi convidado para assumir a Superintendência da PF no Paraná. Segóvia e Ricas tiveram uma experiência profissional entre 2009 e 2011, quando Segóvia era superintendente da Polícia Federal no Maranhão e Ricas foi seu braço-direito.
O convite para que ele assumisse o comando das principais operações da PF no país foi feito por Segóvia logo após ser nomeado pelo presidente Michel Temer (PMDB). Segóvia esteve no Palácio Anchieta, em Vitória, nesta segunda (130, onde almoçou com Hartung e Ricas.
“Sei da grandiosidade do trabalho que terá de ser feito. Ele (Eugênio) vai conduzir todas as investigações de grande prioridade nesse país. Ele será um pilar fundamental na nova administração. A PF, como um todo, foi unanime de norte a sul do país, em aclamar o nome dele. Isso será muito bom para o país” disse Sagóvia, na sede do governo capixaba.
Mauricio Valeixo foi convidado pra assumir a superintendência da PF no Paraná, segundo o S
No Espírito Santo, Ricas se destacou por adotar duras medidas no combate a irregularidades em contratos públicos e desvio de verbas, além de abrir 37 processos administrativos contra microempresas e até multinacionais. As medidas estão se tornando uma referência no setor. Entre elas, uma chama a atenção: o livre acesso dos cidadãos a informações sobre gastos, contratos e obras do governo local.
“O meu sentimento é o mesmo que tive quando o ministro da fazenda precisou da nossa secretária da fazenda, Ana Paula Vescovi [que assumiu o Tesouro Nacional]. É o mesmo sentimento quando o ministro dos transportes precisou de Ralph Luigi, que estava a frente do DER (Departamento de Estradas e Rodagens). Nós, brasileiros, precisamos ajudar o país. Se a gente não resolver o Brasil nós não temos como resolver os estados federados de maneira satisfatória”, comentou o governador Paulo Hartung.
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