AVC mata quatro capixabas por dia e acende alerta na saúde pública do ES

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Os números mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmam que o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, continua sendo uma das principais causas de morte no estado. Entre janeiro e agosto de 2025, foram registradas 993 mortes por AVC no Espírito Santo, o que representa uma média de aproximadamente quatro óbitos por dia no período — ou, em outras palavras, uma morte a cada seis horas.

Dados que chamam atenção

Os números, compilados pela Sesa, mostram a persistência da doença como um sério problema de saúde pública. O AVC é uma condição que ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido ou reduzido, privando as células cerebrais de oxigênio e nutrientes essenciais. Sem tratamento rápido, a consequência pode ser a morte de tecido cerebral e sequelas graves ou fatais.

Especialistas em saúde pública e neurologistas alertam que muitos casos podem ser evitados com controle de fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade.

Prevenção e tratamento

Além da prevenção por meio de medidas de saúde preventiva, o tratamento imediato ao aparecimento dos sintomas faz toda a diferença. O uso de trombólise, por exemplo, pode dissolver coágulos no cérebro quando administrado nas primeiras horas após o início dos sintomas, aumentando significativamente as chances de recuperação.

Profissionais de saúde reforçam ainda a importância de reconhecer sinais de AVC, como fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, perda de equilíbrio ou visão turva — sinais que exigem atendimento médico imediato.

Impacto social e necessidade de educação continuada

O impacto do AVC vai além da mortalidade: a doença também é uma das principais causas de incapacidade neurológica permanente no Brasil e no Espírito Santo. A divulgação contínua de dados e campanhas de conscientização são fundamentais para reduzir a incidência e a mortalidade relacionadas ao AVC, além de orientar a população sobre hábitos mais saudáveis e a importância de cuidados médicos regulares.

Com esse cenário preocupante, ações de educação em saúde e políticas públicas robustas são essenciais para reduzir o número de casos e salvar vidas no estado.